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Santos escala Yuri, mas na súmula quem aparece é o irmão gêmeo, Yan. CBF admite erro da arbitragem

Clube nega ter escalado jogador irregularmente contra o Vitória e afirma que CBF irá corrigir súmula. Erro teria sido de digitação do quarto árbitro. STJD quer analisar

Yuri e Yan são gêmeos idênticos e treinam juntos no time principal desde a semana passada 
imagem cameraReprodução
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP)
Dia 18/11/2016
12:00
Atualizado em 18/11/2016
15:26

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Yuri foi escalado por Dorival Júnior e entrou em campo na vitória do Santos  por 3 a 2, nesta quinta-feira, sobre o Vitória, pelo Campeonato Brasileiro. Levou até cartão amarelo. Cometeu um pênalti. Mas, pelo que consta na súmula eletrônica, quem atuou foi Yan, irmão gêmeo do volante. A equipe de arbitragem, no entanto, assumiu o erro e já publicou uma retificação no site da CBF. O STJD deve analisar o que aconteceu.

Foi uma lambança. O nome e o registro no site da CBF são de Yan, que passou longe de ser relacionado para a partida e não tem nenhum jogo como profissional do Santos, apesar de a camisa - com número 25 - estar correta.

Antes da partida, os clubes entregam para o quarto árbitro uma carteira com o nome, número de registro e foto de cada jogador. Titulares e reservas. O Santos colocou em campo um atleta que não estava relacionado.

Antes da CBF se pronunciar, a diretoria santista havia sido procurada pelo LANCE! sobre a situação e garantiu ter entregue a documentação correta à equipe de arbitragem. Antes do jogo, o supervisor do clube informa ao delegado e ao quarto árbitro quem são os relacionados.

- Já estamos sabendo, foi erro do árbitro (Wilton Pereira Sampaio). Já liguei na CBF e eles vão retificar isso o mais rápido possível. O Santos entregou a documentação correta do jogador - disse Sergio Dimas, gerente de futebol do Santos.

Dimas afirma não ter sido ludibriado pela foto, já que os atletas são gêmeos. Yan treina desde a semana passada no elenco principal e sua carteira de registro está com os demais profissionais, o que normalmente não aconteceria. O irmão de Yuri faz parte do time do Santos sub-23.

Em tese, a situação configuraria uma escalação irregular, algo que poderia gerar perda de seis pontos para o Peixe na competição (três previstos no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva e mais três conquistados em campo).

A arbitragem foi de Wilton Pereira Sampaio (GO). O quarto árbitro foi Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO). Dirigentes da CBF e da Federação Goiana entraram em contato com o quarto árbitro. Valadão explicou que ao digitar a primeira letra do nome de Yuri acabou selecionando o irmão, já que o sobrenome é o mesmo: Oliveira Lima. 

Antes de a arbitragem assumir a culpa, a procuradoria do STJD foi informada sobre os fatos e se dispôs a analisá-los com mais calma.

- Tenho que ver com calma, é preciso saber que erro foi esse. Me parece algo sério - disse ao LANCE! o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, sem tomar posição sobre a possibilidade de risco de punição ao Santos ou à equipe de arbitragem pelo equívoco.

TROCA-TROCA

A súmula eletrônica traz o nome e o registro de Yan (308073). Além disso, a camisa 25 de Yuri, no mesmo documento, está atribuída a Yan.

Basta olhar na súmula do jogo contra a Ponte Preta para ver que o registro de Yuri é diferente do de Yan. O defensor e verdadeiro dono do número 25 tem a inscrição 307979 contra a Macaca.

PEIXE JÁ TEVE PROBLEMAS ANTES


Não seria a primeira vez que o Santos se envolveria em confusões de registros de jogadores, mas não com irmãos gêmeos.

Em 1996, a diretoria contratou por empréstimo o atacante colombiano Albeiro Usuriaga do Barcelona, do Equador. Mas ele tinha o vínculo preso ao Independiente, da Argentina, e estava também emprestado ao time equatoriano. Como o atleta não pode ser emprestado duas vezes na mesma temporada, o Santos correu o risco de perder cinco pontos por ter escalado o jogador contra o Fluminense, no Brasileiro daquele ano. A punição não aconteceu porque a CBF admitiu ter errado por ter dado autorização para Usuriaga jogar.

Em 2003, a renovação de contrato de Jerri demorou para sair no BID e o Santos utilizou o atleta mesmo assim,  o que poderia render perda de pontos. O que não aconteceu por decisão da CBF.  

ATUALIZADA ÀS 12H53

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