L! Espresso: Bruninho, o pequeno torcedor do Peixe, foi apresentado ao lado mais cruel do futebol

Que o tempo possa curar o trauma e lhe devolver a alegria de curtir o futebol como o garoto que é

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Bruninho, 9 anos. Um garoto que ama o futebol como milhões espalhados pelo Brasil. Vai a todos os jogos do seu time em casa, de mãos dadas com o pai. Ontem, gravou um vídeo pedindo desculpas aos torcedores santistas que se ofenderam (e agrediram seu pai) por ele ter pedido a camisa do goleiro Jailson, do Palmeiras, um de seus ídolos.

Imagine como estão agora os sentimentos de Bruninho, o pequeno torcedor do Peixe. O futebol deveria ser uma entre tantas paixões na vida do moleque e virou sinônimo de medo por alguns instantes. Aprendeu sobre rivalidade pela ótica mais cruel e perversa.

O Santos reagiu e convidou, pai e filho, para assistirem ao jogo de hoje em camarote na Vila Belmiro. Gabigol, Neymar e até Pelé mandaram mensagens de solidariedade a Bruninho, que precisa ser abraçado neste momento para que o medo não seja ainda maior.

Ninguém ignora que existem alguns códigos implícitos nas arquibancadas, mas não há nenhuma dúvida que a demonstração genuína de uma criança não pode ser vigiada como um crime de honra por um punhado de imbecis que transformam em guerra tudo o que lhes convém.

No vídeo, com a voz reticente, Bruninho insiste a todo o instante que é santista, e não palmeirense, após receber ofensas e ameaças pelas sempre covardes redes sociais. Como se estivesse no banco dos réus implorando por perdão.

Que o tempo possa curar o trauma e lhe devolver a alegria de curtir o futebol como o garoto que é. Com sorriso no rosto e sem precisar olhar para os lados com medo de estar sendo vigiado.

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