O primeiro gol do Santos na partida contra o Red Bull Bragantino teve a cara de seu treinador. Após mais de um minuto trocando passes, Felipe Jonatan cruzou, Marcos Guilherme cabeceou, exigiu boa defesa de Cleiton, mas ficou com o rebote e empatou a partida.
Esses lances são valorizados por Fernando Diniz, que tem como característica desde seu trabalho marcante no Audax a posse de bola e bons passes até chegar ao ataque.
“Eu acho que é fruto de trabalho. Não é o primeiro gol que fazemos com a saída desde o goleiro. O problema é que no Brasil, no dia do erro vão fazer como no São Paulo... Olha, dão até nome, a saidinha… a saída com o goleiro é a mesma desde o Audax, quando começaram a noticiar meu nome. Nunca foi de correr risco desnecessário, é de sair jogando com segurança, com boas decisões. Tem horas que dá e outras que não”, comentou o treinador.
Fernando Diniz também deu exemplos do futebol europeu sobre a saída de bola e erros dos defensores. Segundo o treinador, há uma diferença na leitura dos jogos do Brasil e de fora.
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“Poderíamos ter errado hoje e levado gol, desencorajando quem faz isso, e na Europa batemos palma, o Manchester City… Varane errou e tomou gol no Real Madrid. Todos erram aqui, mas aqui as pessoas desencorajam quando erramos. É a prática de um jogo eficiente e plástico, que valoriza o futebol", elogiou.
Para Diniz, seu estilo de jogo está longe de poder ser considerado "uma loucura". "Coragem, sincronia, não é loucura e irresponsabilidade. Pelo contrário. A gente repete e treina muito. Fizemos gols assim como hoje e que tenhamos cada vez mais senso para tomar essas decisões”, concluiu.