Gabigol diz que apelido não pesa e vê pressão no Peixe ‘por ter mais nome’
Camisa 10 foi o autor de três gols na goleada do Santos diante do Luverdense, na Vila Belmiro, e não se importa com a pressão da torcida: 'Eles esperam muito de mim, é normal'
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O atacante Gabriel concedeu entrevista coletiva no CT Rei Pelé nesta sexta, um dia depois de ter marcado três gols pelo Santos contra o Luverdense, na Vila Belmiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O camisa 10 disse ter assimilado a pressão da torcida e entende que os alvinegros pegam mais em seu pé "por ter, digamos assim, mais nome" no elenco. O atacante também explicou o sucesso no torneio mata-mata. Na história, já marcou 18 gols e é o artilheiro absoluto do Peixe.
- Normal pegarem no meu pé. Sou um jogador que tenho mais nome no elenco, é normal direcionarem para mim. Levo numa boa, tranquilamente. Meu foco é ajudar o Santos, sempre quando estiver em campo, vou dar meu máximo e meu melhor. Às vezes, as coisas acontecem como a gente quer. O fato é que sempre vão ter o Gabriel e todo o time 100% em campo - disse, e completou na sequência:
- Eu sempre fui muito focado nos jogos, no começo eu acabei errando algumas bolas, coisa de jogo, normal, e a torcida estava um pouco impaciente, mas eu sabia que teria outras chances e quando tive soube aproveitar muito bem. Normal terem pouca paciência, pelo o que aconteceu contra o Grêmio. Nos surpreendeu também. Não somos um time de levar muitos gols. Mas são coisas do futebol.
Gabigol falou também sobre o sucesso na Copa do Brasil. O camisa 10 disse gostar de "decisões" e, por se tratar de um torneio curto, tem sua preferência e acaba se tornando especial.
- É difícil explicar o motivo do sucesso. Mas Jair falou que a competição é curta e todo jogo é uma decisão, ele tem razão. Qualquer tropeço pode ser fatal. Fazer 5 a 1 vai ser complicado lá, é um lugar longe, talvez o campo não seja tão bom quanto o nosso e vamos ter problemas. Talvez porque seja uma decisão e eu gosto bastante disso - ponderou.
Apelido não pesa
Gabriel ganhou o apelido de Gabigol quando ainda jogava futsal no Peixe e, de lá para cá, nunca mais conseguiu se desfazer dele. Embora tenha vivido um período de jejum de gols, não se importa com as brincadeiras sobre o apelido.
- Tiram sarro e ficam bravos porque faço gol no time deles direto. Acho que é normal, levo tudo numa boa. É saudável. Alegria. Não vejo nenhum problema. Sempre tento dar meu máximo dentro de campo. Não pesa o apelido. Na verdade, foi uma brincadeira de amigos do Santos, no futsal, tinha muito Gabriel no time e tinha que diferenciar. Acabou pegando.
Confira outros pontos da entrevista coletiva de Gabigol:
Cartão amarelo e arbitragem
Fazia muito tempo que eu não levava cartão amarelo. Acontece. A gente discutiu. Ele falou palavrões para mim (referindo-se ao árbitro Marcelo de Lima Henrique), eu fiquei meio bravo e falei que ele não precisava daquilo. Depois do jogo, conversamos e tudo ficou bem.
Posicionamento: centroavante ou ponta?
Na verdade, eu conversei com o Jair e decidimos que eu ia começar aberto pela direita, mas com mobilidade. Depois, fui para esquerda e tinha que fechar, acabei fazendo o gol. Não precisa ter rótulo de posicionamento. Nosso time é versátil, podemos ter mobilidade.
Parceria com Victor Ferraz
Nossa, eu fiquei muito feliz. Estava com saudades de jogar com ele. É um cara que é meu amigo. Conversamos sempre, falávamos sobre jogadas, como fomos feliz em 2015. Fiquei feliz que pôde voltar em alto nível, trabalha, se cuida bastante. Espero que continue dar certo a parceria. Temos dois grandes laterais no elenco.
Pedido especial da mãe?
Ela estava lá ontem, já adiantei os gols para ela não me cobrar depois (risos). Eu tenho certeza que vai estar no estádio como sempre, ela e meu pai. Puxei muito para o lado dela, é uma pessoa especial. O que ela sempre pede é para eu entrar com garra, força e que ninguém me machuque. E claro, que o Santos ganhe. Isso é importante.
Ataque
Copa do Brasil temos que somar gols. No Brasileiro, ganhar de 1 ou 7, vale os três pontos. O importante é a vitória. Foi atípico o que aconteceu em Porto Alegre e não vai acontecer de novo. Não queremos que aconteça novamente, mas estamos expostos. Como podemos fazer cinco, podemos tomar cinco. É claro que não queremos que aconteça, mas tem grandes ataques.
Enfrentam o Paraná
No Brasileiro não tem essas coisas de rebaixamento. O Paraná é um grande time e tem um grande técnico. A gente espera que a torcida compareça e que a gente ganhe, será uma vitória muito importante.
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