O Santos está mais longe de ter um camisa 10. Após a primeira negativa da Inter de Milão (ITA) por Gabigol, o clube italiano fez duas exigências que dificultam o retorno do atacante à Vila Belmiro. A primeira é que o Peixe pague pela liberação para ter o atacante de volta por um ano e meio. A segunda exige que o Alvinegro seja responsável por mais de 30% do salário, o que supera o teto do clube, estipulado em R$ 300 mil.
As exigências são motivadas pelo fato da vontade de Gabriel ir contra a dos chineses que dirigem a Inter. A ideia dos dirigentes consistia na permanência do jovem de 21 anos na Europa para adquirir experiência, o que não foi possível no Benfica, de Portugal, onde só realizou cinco partidas.
O retorno ao Brasil significa, na visão dos chineses e da comissão técnica, um retrocesso, pois, na teoria, Gabriel não teria evolução física, técnica ou tática.
Já para o estafe do Menino da Vila, ser o principal jogador de um time que disputa a Libertadores em 2018 seria a principal chance de retomar as boas apresentações que lhe renderam a ida a Europa.
O Alvinegro fez uma proposta com diferentes modelos de execução. Na primeira, não pagaria nada pelo empréstimo e apenas 30% do salário avaliado em R$ 1 milhão. Na segunda, pagaria pela liberação, mas arcaria com uma parte menor dos vencimentos.
De acordo com o presidente santista, já há um acordo entre o Peixe e empresários de Gabigol. Nas férias, a revelão alvinegra visitou o CT Rei Pelé para reencontrar amigos.
Em 2016, a Inter de Milão pagou R$ 108,5 milhões (29,5 milhões de euros à época) e depositou em Gabigol a expectativa de ser um dos destaques do elenco. Porém, o campeão olímpico não deslanchou sob o comando de três treinadores na Itália.