Jair Ventura exalta Gabigol: ‘Jogador que salva a vida do treinador’

Treinador destaca poder de decisão do centroavante, autor do gol da vitória no clássico contra o São Paulo neste domingo. Também destaca Jean Mota: 'Queria ter dois no time'

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O técnico Jair Ventura saiu satisfeito com a atuação do Santos na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo neste domingo no Morumbi. Mais ainda, com a participação de Gabigol. O atacante marcou o tento da vitória no clássico e depois ganhou elogios pomposos do comandante na entrevista coletiva.

- O Gabriel é o jogador diferenciado. Todo treinador do mundo quer esse jogador que é diferente. Ele acaba salvando a vida do treinador, o cara que vai lá e decide. Tem três jogos e três gols. Mas a gente sabe que não pode depender de um jogador - afirmou Jair Ventura.

- Mais um jogo sem tomar gol. São agora quatro jogos sem perder, outro jogo sem tomar gol. O mundo da bola é assim. Você tem de acreditar no trabalho. Muitas vezes as coisas são interrompidas, por análise só de resultado, mas hoje você tem de acreditar. Foi o que escolhi para mim - completou o treinador. 


Jair Ventura também destacou também a atuação de Jean Mota, que atuou improvisado na lateral esquerda. Ele saiu muito satisfeito com a participação do jogador.

- Eu queria ter dois Jean Mota, Um para jogar na lateral e outro no meio. Dei chance para o Romário, para o Caju. Mas se dá errado, você é professor pardal. Só é bom quando vence. Mas o jogador quando é bom você tem de arrumar espaço, mesmo que seja em outra posição Não fui eu que inventei ele ali. Mas hoje ele foi muito bem - afirmou Jair.

O treinador disse que ainda é cedo para avaliar o trabalho que está no início, mas destacou a atuação do time no clássico. Ele não viu o Santos tão inferior ao rival. Veja os principais trechos da entrevista:

Avaliação do trabalho
Muito cedo, né? A gente quando perde, fica na situação que parece desculpa, trabalho começando. Mas não é. O trabalho está começando. Fico feliz pela situação que a gente vem trabalhando, dentre delas a intensidade. Jogar em 120%, e quando você joga assim, acontece como foi hoje. O Renato acabou sentindo porque é sempre a intensidade, o Copete também. Aí você fica com as mãos atadas, quando perde duas substituições. Foi assim contra o Palmeiras. Mas hoje vencemos. Preciso destacar que terminamos o jogo com oito jogadores da base, e vencendo o São Paulo. Precisamos destacar isso, como a contratação do Sasha, que deu o passe. E destacar o valor do adversário, com trabalho de treinador há bastante tempo, vinha sem tomar gol, e vencemos. Mas é muito cedo para dizer que está mil maravilha.

Dorival disse que dominou. Foi assim mesmo?
Eu respeito. Nunca vou debater com a opinião de um profissional. Já tive do lado dele quando perde. Eu respeito a opinião do Dorival.

Importância da vitória
Sobre a gente ter vencido, é importante, conseguimos neutralizar a equipe deles, principalmente no primeiro tempo, muito equilibrado. Depois com as perdas, colocamos os garotos, o Guilherme nunca tinha jogado, mas suportamos, e isso foi importante. Tivemos resiliência. 

Foi o melhor jogo do Santos?
O melhor jogo do Santos foi a derrota para o Bragantino, o 1 a 0. Não foi o melhor. Não é só na vitória. O empate contra a Ferroviária, a bola não entrou. Estamos fazendo bom jogo. Hoje não foi o melhor, não.

Joga como no Botafogo?
A gente está com um sistema totalmente diferente do Botafogo. Uma filosofia nova implementada. Hoje perdemos a maior posse de bola. Já que hoje conseguimos fazer o gol cedo, o São Paulo fica com mais bola. Hoje o time joga apoiado, muito diferentemente. Não tem semelhança alguma. É outro grupo, outro campeonato. Campeonato Paulista é muito difícil, você perde para o Bragantino em casa, empata com o Ituano. Muito difícil. Não tenho o mesmo sistema, por todas equipes que vou passar. Se eu tenho três bons atacantes, não vou jogar com três volantes. A diferença é que quando fiz isso no Botafogo, fui chamado de ousado. Vamos continuar implementando as coisas aqui.

Santos jogou para se defender?
Nós saímos sob pressão várias vezes do São Paulo, e não mudamos estratégia. Nossa estratégia de marcar alto foi mantida. O primeiro tempo ficou muito aberto, a gente marcando alto. É o que a gente vem fazendo em todos os jogos. A melhora do São Paulo é muito pelo gol também. Você toma o gol tem de jogar. A gente teve dificuldade com as mudanças. A gente fez duas linhas de quatro, saímos do que vínhamos fazendo, e aí realmente o São Paulo foi superior, não estou aqui para esconder. Mas tivemos resiliência. Mas em nenhum momento nossa estratégia foi esperar. Foi marcação alta, sair jogando sob pressão.

Dodô está contratado?
Contratação é sempre com sigilo. Estamos falando para o mundo todo. E aí outros times entram na briga. Não falei de nenhuma contratação. Não posso falar de contratações. Quando ele chegar vou falar se foi pedido meu, característica, como pode jogar como não pode.


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