Escrito por Lance!
Um dos "reforços de Copa do Mundo" contratados pelo Santos no segundo semestre, o uruguaio Carlos Sánchez virou pivô de uma polêmica que pode prejudicar o Peixe na Libertadores e que mostra como o futebol sul-americano é sucateado. O meia teria sido escalado de forma irregular pelo técnico Cuca contra o Independiente, pelas oitavas de final, por conta de uma expulsão de 2015 na Sul-Americana, quando atuava pelo River Plate, em que foi posteriormente suspenso por três partidas. Acontece que a Conmebol, em seus novos passos de "modernidade", havia anistiado os jogadores com punições pendentes. Todo esse processo consta (ou deveria constar) em um sistema eletrônico chamado Comet, que mostra (ou deveria mostrar) se o jogador está liberado ou tem suspensão para cumprir. Sánchez aparece em situação regular, como fica claro na imagem acima. Mas a Conmebol abriu um processo para checar o status do jogador e, caso ele tenha jogado irregularmente, ainda que por uma falha do sistema da própria entidade, o Santos pode ser punido e decretado perdedor da partida por 3 a 0 (o jogo foi 0 a 0). É uma situação surreal, incompreensível que possa acontecer em 2018, no século 21, em plena era digital. Se o clube não pode confiar no sistema de consulta que o organizador do campeonato oferece, vai confiar em quem para checar se o jogador tem ou não condições de jogo? Não é possível que a Conmebol cogite terceirizar a culpa da própria falha.
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