Não é toda semana que o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, visita o CT Rei Pelé. Mas ele escolheu a quinta-feira, um dia após a derrota para o Corinthians, a segunda consecutiva, para conversar com o técnico Dorival Júnior. Por mais que o clima possa parecer tenso, os ânimos dentro do Peixe ainda estão controlados.
Após perder o clássico, o treinador falou sobre o planejamento e sobre os reforços tardios. Ao LANCE!, o presidente replicou.
– O planejamento é de erros e acertos. Não era para chegarmos nesse momento com Ricardo machucado. Não era pro Rodrigão não estar jogando. Não era pro Yuri não estar jogando. A indefinição do Fernando Diniz retardou, ele não queria emprestar o jogador – disse, em contato com a reportagem.
"Sobre o planejamento, não foi R$ 2 milhões, gastamos R$ 5 milhões com reforços", Modesto Roma Júnior
Sobre a contratação de reforços estrangeiros (Copete, Vecchio e Noguera), que só poderão atuar depois do dia 20, por causa da abertura da janela de transferências, o dirigente voltou a culpar o calendário.
– Não é tudo bem, porque vou falar de novo mal do calendário. A abertura e o fechamento. É sempre desfavorável aos clubes. O que existe é trabalho, existe um trabalho político, de relacionamento que a gente precisa fazer para resolver o calendário. Espero que o Brasileiro de 2017 seja diferente! – declarou, se referindo a reuniões com a CBF, junto de outros presidentes, em tentativa de adequar o calendário brasileiro.
Mas afinal, qual seria o teor de uma conversa entre o presidente do clube e o técnico após duas derrotas seguidas? Aparentemente, calma.
– Foi uma conversa normal. Sobre futebol. Uma reunião normal. Ele Não está fazendo tudo conforme eu imaginava, mas está fazendo o melhor possível. Sobre o planejamento, não foi R$ 2 milhões, gastamos R$ 5 milhões com reforços – resumiu o dirigente.