Paulo Autuori, superintendente de futebol do Santos, fez questão de acabar com o desgaste entre Jorge e Eduardo Sasha no empate com o São Paulo em 1 a 1, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O mandatário não punirá o lateral-esquerdo, que chegou a desferir um tapa no rosto do centroavante.
Autuori também deixou claro que o ambiente no Santos é 'excelente' e exaltou o grupo que conseguiu responder dentro de campo após problemas políticos, como a retomada de Orlando Rollo à vice-presidência do clube.
- Não vai haver qualquer tipo de multa, são situações que no futebol acontecem, temos vários exemplos. Vocês têm memória e arquivo para entender que passam. Não devem passar, mas passam. A vida hoje anda um pouco chata, as pessoas têm necessidade de passar imagem daquilo que não são. Se fala o que as pessoas querem ouvir. Gostaria de realçar a maneira sincera como o Sasha disse do que foi seu sentimento. Tenho que aplaudir o profissional que consegue manter o equilíbrio, assim como valorizar o Jorge ter pedido desculpa ao Sasha perante todo o grupo - afirmou Autuori, em entrevista coletiva, nesta terça-feira, no CT Rei Pelé.
- Ambiente é excelente. Tentaram criar ideia de grupo rachado na sequência de resultados ruins, grupo respondeu de maneira clara sobre o ambiente excelente. Passamos por problemas políticos recentes e grupo de forma clara e profissional passou longe disso e deu seu melhor no dia a dia - completou um dos homens fortes do Santos.
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Na última segunda-feira, Sasha revelou estar chateado com a atitude de Jorge e afirmou ter perdido toda a admiração e respeito que tinha em relação ao lateral-esquerdo.
- Admito, fiquei realmente muito chateado por eu ser um cara que respeito muito as pessoas, principalmente meu companheiro. A minha vontade, na hora, foi de ter dado um soco na cara dele, mas o profissionalismo falou mais alto. Se eu reagisse de cabeça quente eu ia prejudicar minha equipe. Depois do jogo ele acabou pedindo desculpa a mim e meus companheiros. O carinho e a admiração que eu tinha por ele acabou neste momento. Foi um lance, eu entendi, mas poderia estar errado. Se eu não me engano, estava sozinho e poderia ter efetuado o passe para mim. Acabei reclamando, mas ele acabou se excedendo no calor do jogo. Se eu tivesse a atitude de reagir no calor do jogo todo grupo seria prejudicado, porque o juiz expulsaria. Com o tempo aprendi a ter calma. Foi a melhor coisa que eu fiz - falou o camisa 27.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini