Poderia ter sido pelo Atlético-MG, pelo Flamengo, pelo Vasco, ou até mesmo no Santos, no último dia 2 de dezembro, pela Copa do Brasil. Mesmo contra a vontade, foi neste domingo, dia 8 de maio de 2016, que o técnico Dorival Júnior voltou a levantar uma taça.
Foram quatro anos de estudos na Europa e alguns insucessos Brasil afora. A última vez que Dorival ergueu um troféu foi em 2012, pelo Internacional. No Colorado ele comandou o time nas conquistas de Recopa Sul-Americana de 2011 e no Gauchão de 2012.
Em sua apresentação no Santos, em julho do ano passado, ele deixou claro que sua missão pessoal era continuar a caminhada de 2010, sua primeira passagem pela Vila Belmiro, interrompida por um atrito com Neymar.
Seis anos depois, com o camisa 11 já distante da Vila Belmiro, Dorival retornou como grande esperança à nação santista.
O futebol ofensivo retornou e as vitórias vieram junto. O sonho de título passou a ser real ainda em 2015, quando chegou na final da Copa do Brasil. Na lembrança veio o mesmo torneio conquistado em 2010, quando o técnico era o próprio Dorival. Mas o Palmeiras atrapalhou os planos.
Seja pelo destino ou pelos deuses do futebol, a alegria do Santos e de Dorival Júnior foi adiada para a competição em que o Santos se deu melhor nos últimos anos: cinco conquistas em oito anos no Paulistão.
Embora o treinador já esteja pensando no Campeonato Brasileiro, a comemoração é inevitável.
Dorival sorri pouco porque vive preocupado com diversas questões do clube. Mas hoje ele tem motivos de sobra para comemorar, nem que seja com a sua comissão técnica e jogadores, já que leva um jeito mais sereno.
Independentemente de tudo, a nação santista tem motivos de sobra para vibrar e agradecer.
TRAJETÓRIA DE DORIVAL ENTRE 2010 E 2016:
Atlético-MG
Entre 2010 e 2011, comandou o Galo em 52 partidas, logo após ser demitido do Santos. Concluiu com 56% de aproveitamento.
Internacional
Em 63 partidas no Colorado, conquistou dois títulos e promoveu garotos, como foi o caso de Lucas Lima. Teve 61% de aproveitamento.
Flamengo
Trabalhou em 2012 e foi até 2013 no Flamengo. Conquistou 15 vitórias em 37 jogos no total. Teve 51% de aproveitamento.
Vasco
Em 2013, passou pelo Vasco. Em 29 jogos, foram nove vitórias, oito jogos e 12 derrotas. 40% de aproveitamento.
Fluminense
Em 2013, foi contratado no fim do Brasileirão para tentar evitar o rebaixamento do Fluminense para a Série B. Ficou em cinco jogos, tendo vencido três. O time só não foi rebaixado por conta do imbróglio da Portuguesa com Heverton, que acabou retirando pontos do clube paulista.
Palmeiras
Em 2014, comandou o time contra o rebaixamento e escapou na última rodada do Brasileirão, em partida contra o Atlético-PR.