Uma das principais referências ofensivas do Santos no vice-campeonato no Brasileiro de 2019, o meia Carlos Sánchez não tem repetido o desempenho na atual temporada. O comparativo dos números do atleta na competição nas duas últimas temporadas evidenciam isso.
Embora essa edição do Campeonato Brasileiro esteja apenas na sua décima rodada, a média já tem apresentado involução do uruguaio, principal “válvula de scap no meio-campo santista”. A queda na participação ofensiva é o diagnóstico mais visível nas estatísticas.
Segundo o “SofaScore”, no último Brasileirão, Sánchez criava, em média, pelo menos 14 grandes chances por jogo, já neste ano ele constrói apenas uma a cada partida. O número de finalizações, que apontava 2,1 por jogo caiu, para 0,7 e a quantidade de toques na bola também diminuiu, de 48,5 para 33,6.
No que se refere a participação direta em gols, a queda fica ainda mais “gritante”. Vice-artilheiro santista no Brasileiro do ano passado, com 12 gols, o atleta ainda não balançou as redes nesta edição, em 10 jogos. A primeira assistência aconteceu no último sábado (12), no empate em 2 a 2 contra o São Paulo, na Vila Belmiro, quando bateu um escanteio na cabeça de Madson, que anotou o primeiro tento santista. No Brasileiro de 2019, foram nove assistências.
Enquanto isso, a sua produtividade nos passes aumentou em todos os aspectos: eficácia, bolas longas, lançamentos e cruzamentos. Hoje, o índice de acerto é de 74% na distribuição de jogo, ante 70 de 2019. Por sua vez, o uruguaio tem acertado menos dribles, de 43% noa ano passado, neste Brasileiro o índice de acerto no fundamento é de 25%.
Aos 35 anos, Carlos Sánchez tem atuado, em média, seis minutos a menos que no ano passado. Nesta edição do campeonato nacional, o jogador fica geralmente 66 minutos em campo, enquanto na última jogava cerca de 72 minutos por partida.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini