Odair fica indignado com árbitro da derrota do Santos pela Sul-Americana: ‘Muito estranho o que aconteceu’

Expulsão de Joaquim diante do Audax Italiano (CHI) é criticada pelo treinador do Peixe

Escrito por

Odair Hellmann, técnico do Santos, se indignou contra a arbitragem do uruguaio Christian Ferreyra, na partida contra o Audax Italiano (CHI), pela Sul-Americana. Com um jogador a menos, o Peixe sofreu a virada do adversário e acabou derrotado por 2 a 1 fora de casa.

A principal razão das reclamações é a expulsão de Joaquim. Na reta final da primeira etapa, quando o Alvinegro vencia por 1 a 0, o zagueiro sofreu um pisão do atacante argentino Sosa e levou cartão amarelo durante desentendimento entre os jogadores dos dois times. Em seguida, o defensor acertou cotovelada no mesmo atleta e recebeu a segunda advertência, sendo expulso.

> ATUAÇÕES: Expulsão 'infantil' de Joaquim custa caro na derrota do Santos pela Sul-Americana

- Quem tinha que estar sentado neste lugar aqui é o árbitro. Ele que poderia falar o que fez nesta noite. Estranho, muito estranho o que aconteceu hoje. Muito estranho - disse Odair.

- Até o momento que teve jogo, o Santos foi dono da partida. Poderia ter feito dois, três, criou situações. Estava organizado, intenso, forte. O lance não começa no cartão amarelo do agressor com o agredido. Começa num lateral na minha frente, na frente do quarto árbitro, que estava do meu lado. Ele deu lateral para o Audax. Neste momento, aconteceu o pisão no pé do Joaquim e cartão amarelo para quem recebeu o pisão. Aí cobra o lateral, recebe o segundo lateral, cobra a falta e quem está faltando na área? - continuou o treinador, em coletiva de imprensa.

Hellmann não aprovou arbitragem no Chile (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

Odair ainda questionou o segundo amarelo recebido por Joaquim e seguiu criticando a postura do árbitro no decorrer do jogo.

- Vamos cortar os braços fora? O Joaquim agrediu? Eu não vi o lance ainda. Se o Joaquim fez o movimento com o cotovelo, vocês reconsiderem a minha colocação. Como eu não fico lá dentro vendo lance para vir aqui e dar desculpa, vou falar o meu sentimento. Se comparar o movimento do Joaquim com o número 9 (Sosa) do Audax no jogo, que não recebeu nem cartão amarelo (recebeu) e fez todas as faltas...

- Como a gente toma o gol? De bola parada, faltando um zagueiro na área. Segundo tempo não teve jogo. O juiz não quis que tivesse jogo. O juiz amarrou a partida, estava apressado para terminar o jogo, não deu cartão amarelo para a equipe deles, amarelou toda a nossa equipe. Você ganhar do adversário no futebol já é muito difícil, você ganhar de forças exteriores com o adversário, fica muito mais difícil. O jogo não passa pelo Santos, nem pelo Audax, passa por este senhor, com todo respeito, um profissional que não pode apitar uma competição tão importante da Conmebol como essa. Eles têm que responder sobre o que aconteceu no jogo: as inversões, os processos que aconteceram na partida - concluiu.

SEQUÊNCIA

Agora, o time treinado por Odair Hellmann volta a entrar em campo neste domingo (28), contra o RB Bragantino, pelo Brasileirão. O jogo acontece no Estádio Nabi Abi Chedid, às 18h30.

MAIS RESPOSTAS DE ODAIR HELLMANN

Mérito do adversário

- Como você vai dizer que o adversário não teve mérito se ele fez dois gols? Teve mérito, fez dois gols, ganhou a partida. O que mais o Audax fez na partida? O que o Santos fez na partida? Um primeiro tempo de altíssimo nível, de construção, tranquilidade, de domínio. Sabendo o que vai fazer em campo e com muitas modificações. Quero ressaltar o grupo de jogadores, os jogadores que entraram. O Alison, que fazia quase um ano que não jogava uma partida desde o início. Um sistema diferente, sem tempo para treinar. Treinamos 15 minutos ontem.

Mais da arbitragem

- Quero parabenizar os jogadores pelo primeiro tempo que fizeram. A partir do momento que o árbitro interferiu, não teve mais Audax, não teve mais Santos.

Substituições no segundo tempo

- A ideia, depois da entrada de Soteldo e Patati, era que a gente tivesse um escape de velocidade, mas não teve jogo. O jogo não andou, ficou parado o tempo todo no segundo tempo. Nem o Audax conseguiu jogar. Jogo foi picotado, difícil, não teve bola rolando. Quando teve bola rolando, o Santos fez o que tinha que fazer.

Teve conversa com o árbitro?

- Não tem comunicação com a arbitragem. Se faltar educação minha, se eu for desrespeitoso, se eu passar do ponto, me dê cartão, me expulse. Nem para conversar com respeito, que eu fui no final do primeiro tempo. Disse a ele que não foi lateral deles, aí começa uma sequência toda de erros. Só que não tem como se comunicar, a arbitragem é intocável. Aí a gente vem pra cá e precisa ficar dando explicação de uma derrota.

Elenco ficou abalado?

- Aproveitando: não pense que o Santos vai baixar a cabeça. Isso vai nos fortalecer ainda mais. Isso vai nos dar muito mais força para a caminhada que vínhamos fazendo. Falei para os jogadores no vestiário. Se tem que ganhar do adversário, de outras situações, que a gente ganhe de quem quer que seja. Se nós temos que lutar mais para ganhar não só do adversário, que a gente lute. Que a gente mostre o que estávamos mostrando. Tá todo mundo triste, indignado dentro do vestiário. Mas nós vamos reverter no jogo. Como marcação, como time forte. Temos jogo importante no domingo, pelo Campeonato Brasileiro.

Siga o Lance! no Google News