Odair isenta Bruno Mezenga de eliminação do Santos na Copa do Brasil: ‘Responsabilidade é de todos’

Técnico revelou tristeza do centroavante, que perdeu a última cobrança da decisão por pênaltis contra o Bahia

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O Santos foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil pelo Bahia nos pênaltis. O centroavante Bruno Mezenga empatou a partida quando o Tricolor vencia por 1 a 0, aos 49 minutos do segundo tempo, mas desperdiçou a última penalidade, defendida pelo goleiro Marcos Felipe.

O técnico Odair Hellmann relatou a tristeza do atacante e afirmou que não se deve responsabilizar um só atleta pela desclassificação.

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- Está chateado, triste. Os batedores foram os melhores nas condições mentais, físicas e técnicas. Alguns batedores saíram. As substituições que foram feitas deram o volume suficiente para o empate. Pênalti ninguém quer perder, é uma tristeza, mas tem que retomar, olhar para frente. Ele (Bruno Mezenga) é um batedor, um goleador. Já fez, provavelmente já perdeu também. Não vamos direcionar para um, são cinco batedores, tem adversário. Ele é um jogador de personalidade, não sei se aqui no Santos ou em outro lugar, vai bater novamente. Vai errar e acertar.

O volante Rodrigo Fernández falhou no gol marcado pelo Bahia. Após perder disputa para Everaldo na lateral do campo, o uruguaio parou na jogada e ficou reclamando que a bola teria saído. O atacante do Esquadrão de Aço seguiu no lance, que terminou com gol de Cauly.

Odair também isentou Fernández da derrota e disse que todo o grupo é responsável.

- Rodrigo está triste, como todos nós estamos pela derrota. Perdemos todos, fomos desclassificados, a responsabilidade é de todos - afirmou o treinador, em coletiva de imprensa após a partida.

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Pressão e sequência da temporada

- A pressão é do futebol. Oscilamos em resultados depois da retomada pós-Campeonato Paulista. Já mostramos essa condição e temos que focar nas competições que temos, a Sul-Americana, já pontuar no Brasileiro e buscar evoluções para retomar equilíbrio, padrão e resultados que tivemos. A gente tinha dado passos nessa etapa de reconstrução, nessa pressão desse tempo todo, que não é de agora. São passos doloridos que precisam ser dados. Mostramos depois do Paulista e temos que mostrar mais ainda depois no Campeonato Brasileiro e na Sul-Americana. É confiança no grupo e no trabalho. É retomar aquilo que a gente precisa rapidamente e buscar os resultados. Só com resultados você consegue regularidade.

Todo processo de reconstrução tem momentos de dificuldade, de dureza. Como esse, uma eliminação dolorida. São passos que precisam ser dados. Eu, como comandante, vou dar esses passos e que tenhamos uma resposta já no sábado, para alinhar resultado e performance.

Primeiro tempo

- É uma eliminação que nós estamos todos tristes, viemos aqui para classificar. No primeiro tempo foi um jogo truncado, de competição, em que encaixamos bem a marcação nos três zagueiros. Conseguimos pressionar a saída, não deixamos o Bahia ter a construção, que é uma das características do time. Mas o momento de recuperar a posse, de aproximação, de ter mais finalizações, (a gente) não conseguiu. O Bahia também não conseguiu, então ficou um jogo truncado, de transições. Competitivo, tático, mas sem um jogo técnico no primeiro tempo.

Segundo tempo

- No segundo tempo abriu um pouco mais, é um jogo de mata-mata, é natural. O gol foi um lance pontual, no lado do campo, onde a gente está posicionado, com a bola sob controle, perde e acontece a situação do gol. Eu faço as mudanças para dar mais velocidade, mais jogo, troca de passes, para a gente buscar o empate. Não só pela nossa situação, mas porque o Bahia abaixa um pouco a linha. Aí começa as situações de cruzamento, escanteio, onde foi o empate. Mas não foi um jogo técnico, essa é a nossa dificuldade. O jogo não foi de finalizações para os dois lados, mas essa é uma dificuldade nossa, que a gente precisa melhorar. Esse é o passo a mais que a gente tem que dar para evoluir.

Escolha dos batedores

- Eu já perdi decisão nos pênaltis, participei de título olímpico nos pênaltis, perdemos final de Gauchão nos pênaltis. Não trabalho pênalti na semana do jogo, no dia anterior. Sempre que termino os treinamentos, treino pênaltis. Porque em algum momento das competições vai entrar pênalti. Há batedores por natureza. Aí você vai visualizando histórico, momento do jogo, situação de determinados jogadores. Tem jogadores que não têm tanto esse hábito. A gente senta com os goleiros, com os jogadores, faz uma lista, mas você não tem controle total dela. Alguns batedores não puderam entrar, outros não estavam no jogo. As melhores condições técnicas, físicas, de confiança, são os jogadores que bateram os pênaltis.

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