Odair não teme ser demitido pelo Santos após derrota na Sul-Americana: ‘Me sinto respaldado’

Peixe é derrotado por 2 a 1 pelo Newell's Old Boys e fica em situação muito difícil para se classificar

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O técnico do Santos, Odair Hellmann, não teme ser demitido e afirmou que se sente respaldado pela diretoria. A declaração do treinador aconteceu após a derrota do Peixe para o Newell's Old Boys, por 2 a 1, pela Sul-Americana, nesta terça-feira (6). O resultado negativo fez com que a possibilidade de classificação do Alvinegro ao mata-mata do torneio fique muito difícil.

- Me sinto respaldado. Amanhã (quarta-feira) me apresento para trabalhar para buscar soluções que ainda não conseguimos. Esse é meu trabalho, é isso que eu acredito, é isso que eu posso me concentrar. Existe uma diretoria, um processo hierárquico. Amanhã eu estou lá para trabalhar e buscar a retomada - disse, em coletiva de imprensa.

Odair também lamentou a derrota para o time argentino. Ele disse que entende o sentimento de revolta do torcedor e vai buscar a retomada do time.

- Somos profissionais, fortes por natureza e temos que ser. No futebol, você aprende a tomar pancada desde pequeno. A maioria perde mais que ganha. Cada um tem uma história. Claro que tem jogadores que sentem mais, que estão em processo de maturação, mas temos jogadores mais maduros, que vão ajudar o elenco. Não há psicologia que vai resolver o problema, quem vai resolver somos nós. Força a gente tem, a gente apanha muito no futebol, você cria uma casca, uma força de retomar. Não tem dois caminhos, tem só um: vir para o CT, trabalhar, sangrar e suar o máximo possível para conseguir o resultado. No futebol não se avalia o resultado. O vencedor é bom e o perdedor é ruim. Hoje somos ruins. Não adianta ficar revoltado e triste. Somos fortes para isso. Somos iguais ao torcedor, revoltados e tristes, mas vamos colocar o peito para fora e olhar no olho de cada um. Vamos buscar mais e fazer essa retomada.

MAIS RESPOSTAS DE ODAIR

O jogo

- Alcançamos performance depois do Campeonato Paulista e merecemos algumas vitórias que não vieram. Jogamos mal contra o Bragantino e a derrota entra no mesmo contexto. Isso se torna mais dificultoso, essa busca por regularidade retomada. Fizemos isso até o último instante hoje, num jogo atípico e diferente. É possível [melhorar], eu acredito e com trabalho faremos retomada de resultado, precisa ser o mais rápido possível para gerar confiança. Esse ambiente, essa pressão, tudo isso entrou no campo de jogo hoje e fez diferença contra nós.

Lado psicológico

- Vou trabalhar o lado psicológico dos jogadores, parte tática, técnica, física e psicológica. O mental não é minha área, entra no contexto do treinador e é mais específica. Ajudo na energia, motivação. Processo é focar no que podemos melhorar com esse tempo. Hoje sentimos não só o aspecto de não conseguir vitórias anteriores, em um ambiente mais propício. Se vencêssemos no domingo, o ambiente seria melhor. O adversário veio classificado, jogou com leveza. Não jogou assim na Argentina. E merecemos a vitória lá. É acreditar no treinamento, recuperação, comportamentos e melhorar. Não foi suficiente, temos que melhorar. O ambiente continuaria difícil sem vitórias e tudo é muito prejudicial nessa retomada. Vamos retomar

Poucas finalizações

- Precisamos evoluir na capacidade de finalização. Temos nos organizado em pressão alta, recuperando posse bem, mas perdendo a posse na sequência, finalizando pouco. Finalizamos 17 vezes no último jogo, mas poucas no gol. Se analisar bem, eu parei para pensar os outros também. Primeiro a nós, mas os outros também. Não trago estatísticas para debater ou contrariar, concordo que temos que evoluir ofensivamente, com mais calma na parte ofensiva, porque assim não há suspiro para organizar e defender. Mas nessa rodada, todos praticamente não finalizaram. Fluminense cinco jogos sem ganhar e mal finalizou na Copa do Brasil. Athletico e Grêmio finalizando pouco e passaram. Grêmio, Athletico e Fluminense não precisam dar explicação se ganham. Mas também há dificuldade lá, em produção ofensiva, finalização. Mesmo assim, temos que melhorar e é um dos aspectos de evolução e equilíbrio.

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