A diretoria e Departamento Médico do Santos acreditam que os jogadores e membros da comissão técnica acometidos pelo novo coronavírus nos últimos dias ficarão à disposição para o primeiro confronto válido pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores, no dia 24 de novembro, contra a LDU, em Quito, no Equador.
João Paulo, Vladimir, Madson, Lucas Veríssimo, Alex Nascimento, Jobson, Diego Pituca, Sandry e Jean Mota foram diagnosticados com o Covid-19 entre segunda e terça-feira (09 e 10), antes deles o técnico Cuca e o diretor de futebol Jorge Andrade também haviam sido contaminados. Após testes de precaução realizados no CT Rei Pelé nesta terça-feira (10), novos membros do corpo técnico, como os auxiliares Cuquinha e Eudes Pedro, também positivaram para o coronavírus.
Contudo, como a maioria dos contaminados estão assintomáticos e o prazo de isolamento é de dez dias, se acredita que todos eles estejam de volta para o compromisso pelo campeonato continental.
- No protocolo feito pela CBF o afastamento são de dez dias. A partir de dez dias, os atletas serão liberados para jogar. Cada país tem uma legislação diferente ao coronavírus. No Uruguai e no Chile, atletas com o PCR positivo não podem entrar. No Equador, quando fez um jogo lá, fizemos uma solicitação para a Conmebol mostrando que os atletas estavam em isolamento e eles liberaram esses atletas para jogarem e houve a liberação junto a Conmebol - disse o chefe do Departamento Médico santista, Ricardo Galotti em entrevista coletiva virtual concedida nesta quarta-feira (11).
- Depois de dez dias esses atletas (contaminados) serão submetidos a novos exames, cardiológicos e de sangue, para voltarem a treinar. Na minha opinião, terão ótimos desempenhos em Quito - acrescentou o doutor.
A previsão é que os atletas diagnosticados com a Covid-19 retornem as atividades entre os dias 19 e 21 de novembro.
Pessimismo em adiamento
Antes mesmo do episódio referente a contaminação em massa pela Covid-19 no Peixe, a direção do clube tenta o adiamento do confronto diante do Athletico-PR, pela 22ª rodada do Brasileirão, na Arena da Baixada, em Curtiba. O jogo antecederia a partida pela Libertadores, mas por conta das proximidades para viagem e a altitude na capital equatoriana no jogo seguinte, pela Libertadores, os santistas argumentavam a necessidade de um tempo maior entre os duelos.
Contudo, o superintendente de esportes do Alvinegro, Felipe Ximenes, que também concedeu entrevista coletiva virtual nesta quarta-feira (11), revelou que enxerga com pessimismo essa possibilidade.
- Essa já era uma preocupação nossa anterior ao surto. Já tínhamos pedido, no caso, a transferência do jogo contra o Athletico-PR, porque jogamos no dia 21, sábado, na Arena da Baixada, e 24, em Quinto, contra a LDU. Vínhamos pedino a transferência desse jogo. Falei ontem até tarde com o Manoel Flores (Diretor de Competições da CBF), mas da mesma forma que digo que a transferência e adiamento de jogo do Inter seria difícil, não tive boas notícias em relação ao jogo contra o Athletico - disse Ximenes.
- Dos 200 jogos do Campeonato Brasileiro da Série A, só tivemos oito adiamentos, por conta de disputa de finais estaduais, e Goiás e Sâo Paulo na primeira rodada. A CBF está cumprindo rigorosamente o que foi combinado o início do campeonato. Se for respeitado 72 horas entre um jogo e outro dificilmente haverá adiamento - acrescentou.
Antes dos jogos contra Athletico-PR e LDU, o Peixe tem compromisso neste sábado (14), às 16h30, contra o Internacional, na Vila Belmiro, pela 21ª rodada do Brasileirão. O Alvinegro pediu o adiamento dessa partida, por conta dos dez jogadores infectados com a Covid-19, mas, assim como em relação ao confronto diante do Furacão, o estafe santista vê uma positiva da CBF com pessimismo para o embate contra o Colorado, atual líder do Nacional.