Após quase dois anos de pouquíssima minutagem em campo, Neymar surpreendeu a torcida do Santos e convenceu a comissão técnica do clube ao desempenhar bons 51 minutos diante do Botafogo-SP na noite de quarta-feira (5), pelo Paulistão. O camisa 10 do Peixe atuou durante todo o segundo tempo no empate por 1 x 1, em jogo que foi elogiado pelo técnico Pedro Malta e avaliado como "alto nível" pelo auxiliar.
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Malta substituiu Pedro Caixinha, suspenso, e falou em entrevista coletiva sobre a estratégia adotada para ter o jogador em campo, além de se mostrar bastante satisfeito com o desempenho do atacante. Neymar atuou como um meia centralizado e ajudando a servir o trio de ataque formado naquele momento por Guilherme, Soteldo e Tiquinho Soares.
- Ele necessita de ritmo de jogo, por isso é que ele não inicia [a partida]. Um jogador com a qualidade do Neymar tem que jogar, não pode estar no banco. Mas a única razão é simplesmente porque necessita do ritmo de jogo. E como vocês viram, poderíamos pensar em colocar os 30 minutos, mas jogou os 45, ou mais minutos, em um altíssimo nível. Ficamos bastante contentes daquilo que obtivemos de resultado, em termos daquilo que é o desempenho físico dele - explicou o treinador auxiliar.
Físico surpreendente
O técnico ressaltou que o nível físico apresentado por Neymar em sua chegada ao Santos surpreendeu Malta, Caixinha e o restante da comissão técnica. Para eles, o atacante veio ao Brasil já com um nível de preparação física bem encaminhada, o que não significa que ele atuará de imediato, mas já é um indicativo de um bom caminho.
- O Neymar apresentou-se em boas condições físicas desde o início que começou a trabalhar com nós, o que nos surpreendeu nesse aspecto. Só que uma coisa é ter condição física de treino, outra coisa é ter condição de jogo, ou seja, faltava ali ainda algum ritmo de jogo. Me surpreendeu pelos níveis físicos que conseguiu apresentar durante toda a segunda parte. Então, sem dúvida, a estreia dele foi mais que boa na minha opinião - completou Malta, que lamentou ter saído da Vila com um empate.
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A fala do auxiliar técnico vai de encontro como o português Jorge Jesus, que treinava Neymar no Al-Hilal. O treinador deu uma entrevista no fim do ano passado afirmando que Neymar não tinha condições nem de acompanhar os treinamentos da equipe. Após a partida, em seu primeiro pronunciamento sobre o caso, Neymar mostrou descontentamento com a situação.
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Além de aguentar o tempo dentro de campo, Neymar foi bastante caçado no tempo que esteve em campo, sofrendo faltas e algumas entradas duras dos jogadores do Botafogo-SP. Sobre esse tema, Pedro Malta preferiu ser ameno e relevou a postura dos jogadores aplicando faltas no atacante.
- Não, isso não tem que nos preocupar. É uma circunstância e uma arma que o adversário pode utilizar. É claro que um jogador com a qualidade do Neymar, se não está muito próximo dele e se deixa ele rodar para cima de você ou te encarar, é um jogador extremamente perigoso. É também natural que os adversários tentem que ele, pelo menos, receba a bola de costas, que não consiga virar e sejam um pouco mais agressivos. Isso são circunstâncias do jogo. Não conseguem controlar - afirmou Malta.