Com o objetivo de ter maiores bilheteria e lucro, o presidente José Carlos Peres recusou o pedido do técnico Jorge Sampaoli para priorizar os jogos do Santos na Vila Belmiro. O argentino explicou que se sente melhor em casa e que, se dependesse dele, todos as partidas ocorreriam na Baixada Santista.
Porém, embora Sampaoli tenha dado seu ponto de vista, o dirigente reafirmou que manterá a política de fazer 50% dos duelos como mandante na capital por conta do grande número de santistas e chamou de "pendenga" o cansaço que dizem sentir por conta das viagens a São Paulo.
- Enxergo o seguinte: equipe estava cansada, fez um treino na casa de um coirmão (o Peixe treinou no CT do Corinthians, na sexta). Não enxergo como jogar na Vila ou São Paulo, estádio não tem a ver com isso. Grandes equipes ganham em qualquer lugar. Na Vila, Pacaembu, Maracanã ou Anfield. É 50% em Santos e em São Paulo, não fugiremos disso. Vamos satisfazer torcida de São Paulo, muito grande, e Santos. Se a Vila lotasse todo jogo, com 14 ou 15 mil, não precisaria jogar em São Paulo. Preciso de receita. Futebol é profissional, não temos uma grande empresa por trás que nos ajuda, então temos que jogar em São Paulo. Hoje teve 32 mil aqui. Torcida do Santos em São Paulo também tem que lotar - explicou Peres.
-. Dependemos de renda. Isso de Santos e São Paulo é pendenga, não cansa ninguém. Equipe campeã brasileira em 2004 concentrava em Santos e subia a serra no dia do jogo. Isso de São Paulo não se justifica. Santos e São Paulo são salutares para o Santos. Santos tem boa torcida em Santos e grande torcida em São Paulo. Vamos jogar em Santos e em São Paulo - acrescentou.
No Pacaembu, a média de público pagante girou em torno de 15.500 torcedores em nove jogos nesta temporada, o que produz uma renda bruta de R$ 4.577,363. Já na Vila Belmiro, em quatro jogos a média de santistas foi de 9 mil e renda de R$ 1.249,112.