Em um ano turbulento, o Santos tenta buscar a reabilitação no Campeonato Brasileiro. Após as medidas e os planejamentos do clube não surtirem o efeito desejado, o presidente Andres Rueda fez uma avaliação negativa do rendimento da equipe na temporada.
- O ano do Santos é tenebroso, é horrível até aqui. Não posso brigar com o que os resultados mostram. Nem de perto foi o que pensamos, mas as escolhas sempre foram feitas visando o acerto. Existem coisas que fizemos, que o torcedor não sabe, que estruturou o clube para um futuro. Mas 2023 é horrível. Sabemos que temos de correr contra o tempo para tirar o Santos desta situação. De agora até o fim do ano é zerar tudo e buscar recuperar o que podemos - disse o mandatário ao “Estadão".
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Muitas coisas mudaram nos bastidores do Peixe. Nos últimos meses, três técnicos passaram pelo comando e Alexandre Gallo assumiu o papel de Falcão, que deixou o clube em meio a acusação por importunação sexual. Sobre o momento conturbado, o dirigente do Santos assume a responsabilidade.
- Eu sou responsável pelo que aconteceu. Não tem como brigar com o resultado, ou a falta dele. Todas as pessoas que passaram no Santos neste ano são muito boas profissionalmente, não tenho nenhum motivo para apontar o dedo ou reclamar de nenhum deles. Mas quando não se tem resultado no futebol é necessário mudar. Trocamos o comando do time, trouxemos novos jogadores para qualificar o elenco e repor as saídas que tivemos e agora é fazer tudo que for possível para recolocar o Santos no patamar que merece - relatou Rueda.
PROBLEMAS DE LONGA DATA
Em uma situação financeira crítica há um certo tempo, o Santos estava à beira da falência, de acordo com o presidente do Alvinegro Praiano.
- Quando chegamos em 2021, o clube não tinha nenhum centavo para receber. Tudo já havia sido antecipado por gestões anteriores. O Santos estava praticamente falido, quebrado. Hoje a situação é melhor, mas está longe de ser confortável. Posso me orgulhar e falar que não existe nenhum funcionário do clube com salário atrasado e as vendas que aconteceram, do Ângelo e do Deivid Washington (que podem render até R$ 188 milhões), foram necessárias para manter as contas em dia até o fim do ano e também qualificar o elenco - concluiu Andres Rueda.