O Santos passa por um processo de várias saídas de membros do seu Comitê de Gestão nos últimos meses. José Renato Quaresma, José Berenguer, Ricardo Campanário e, recentemente, Walter Schalka, deixaram o órgão. Este último era o principal articulador das negociações do clube.
O Peixe foi, aos poucos, tentando preencher essas saídas. No momento, o Comitê de Gestão é composto pelo presidente Andres Rueda, o vice-presidente José Carlos de Oliveira, Dagoberto Oliveira, Rafael Leal, Thomaz Côrte Real, Vitor Sion e Renato Hagopian.
Desses nomes citados, apenas Rueda, José Carlos, Dagoberto Oliva, Vitor Sion e Rafael Leal estão desde o começo da atual gestão, em 2020.
Em entrevista recente à Rádio 365, Rueda comentou sobre o atual modelo do Comitê de Gestão santista. O dirigente foi um grande defensor do modelo, porém diz ter mudado de ideia.
- Sempre fui um grande defensor do Comitê de Gestão e de decisões colegiadas. Mais cabeças pensando para uma decisão. Sempre achei que a assertividade seria muito maior. O primeiro CG na prática é o da nossa gestão. Os outros modelos não tinham a mesma transparência e a vontade do presidente era maior. Dentro do meu pensamento democrático, exercito o CG de acordo com o estatuto. Cada membro do CG tem direito e liberdade de opinar favoravelmente ou contra e votamos. Todas as votações são respeitadas. Já tive algumas opiniões divergentes, mas a maioria venceu e acatei. Todas as atas estão à disposição para quem quiser acompanhar. Eu percebi que é difícil colocar na mesa oito ou nove pessoas e pensar simplesmente como gestor. O viés torcedor está incrustado. Todos somos torcedores. É um modelo que, infelizmente, não é ideal, não. Ter um Conselho de Administração seria mais eficiente. Nem todos os membros do CG, em qualquer gestão, terão disponibilidade de dedicação de segunda a segunda. Ser dirigente do Santos requer 24 horas por 7 dias. É humanamente impossível ser ativo na vida profissional e ainda 100% ao clube. Hoje, se me perguntarem, mudei de ideia, sim. Presidente e vice tocando áreas profissionais e um Conselho de Administração fiscalizando seria melhor para o Santos - disse Rueda.