Em reunião realizada nesta terça-feira (5) entre o Conselho Deliberativo e os responsáveis pelo futebol do Santos, André Mazzuco e Jorge Andrade, o presidente Andrés Rueda fez uma importante revelação.
Nos próximos dias, os cofres do Santos terão uma entrada de cerca de R$ 30 milhões por meio de tokens. A expectativa é que o dinheiro seja utilizado para o pagamento de contas a curto prazo.
O Santos vai assinar em até duas semanas dois contratos, sendo um de tokenização do mecanismo de solidariedade (que antecipa as receitas com transferências de jogadores revelados pelo clube) e outro o fan token (quando o comprador tem direito a participar de decisões do clube).
Em entrevista recente, o presidente Andres Rueda explicou como funciona o processo e sobre o lucro que pode acontecer após cada transação.
- Token é uma moeda virtual. Não é real, dólar ou euro, mas moeda virtual atrelada a algum ativo. Propomos implementar a tokenização do mecanismo de solidariedade. Mecanismo é receita provável. Não é certeza de acontecer ou não. Todo jogador oriundo da base quando é vendido vem esse mecanismo. Santos tem percentual da venda pela geração desse craque. Varia de 0,5% a 5%. Quando Neymar foi vendido, Santos foi ressarcido. Acontece com qualquer jogador gerado na nossa base. Queremos tokenizar essa receita que pode acontecer ou não. Queremos criar um conjunto de jogadores que já foram vendidos e podem ser vendidos para outros clubes. Montamos uma cesta de cerca de 30 jogadores e vamos valorizar essa cesta. Quanto vale em retorno de mecanismo de solidariedade? Temos uma empresa parceira que faz o cálculo final dessa cesta. Calcula a idade, a posição, campeonato de atuação, valor dos atletas e possibilidade de transferência. Chega-se a um valor dessa cesta. Vamos imaginar 20 milhões de reais. A gente emite virtualmente 1 milhão de tokens. Cada token custaria 20 reais, por exemplo. E aí pode haver lucro ou até uma revenda no mercado secundário - explicou.