O Santos enxerga a chegada do volante Jean Lucas com pessimismo. Ainda sem descartar completamente a concretização do negócio, o Peixe tenta um empréstimo com obrigatoriedade de compra junto ao Monaco (FRA), time detentor dos direitos econômicos do meio-campista. Porém, os salários do atleta estão fora da realidade financeira do clube.
Durante o empréstimo, as partes discutem como ficaria a divisão dos vencimentos de Jean Lucas, que gira em torno de R$ 1 milhão por mês. Caso o jogador não aceite reduzir esses valores para a futura compra obrigatória, a contratação é tratada como inviável pela diretoria santista, segundo apurado pela reportagem do LANCE!.
Se o meio-campista de 24 anos topar receber cifras mensais mais baixas, o Santos seguirá nas negociações. Caso contrário, as tratativas tendem a ser encerradas.
COMO AS NEGOCIAÇÕES ANDARAM
De início, quem dificultou o andamento das negociações foi o Monaco. A oferta do Peixe era para ter Jean Lucas por empréstimo, mas sem a obrigatoriedade de compra. Com isso, os franceses quiseram impor uma cláusula prevendo que, se chegasse qualquer proposta vantajosa pelo meio-campista na janela de transferências do verão europeu, o atleta poderia ser vendido.
Ou seja, existia a possibilidade de Jean Lucas vir ao Santos em março e ficar no clube apenas até meados de julho e agosto. O Peixe seria utilizado como 'vitrine'.
O Monaco adotou postura inflexível sobre a condição. O Alvinegro, então, apresentou a alternativa de um empréstimo com a futura obrigatoriedade de compra, fazendo com que a cláusula inicial deixasse de ser uma barreira.
Jean Lucas se mostrou favorável em retornar ao Santos, clube que defendeu por 20 partidas em 2019.
ODAIR NUNCA ACREDITOU
Na última semana, o técnico Odair Hellmann já adotava tom pessimista sobre a chegada de Jean Lucas, visão divergente de outras pessoas no Santos, que ainda apostavam em 'final feliz'.
- Peço que vocês não iludam o torcedor. A negociação está quase zero. Não vou dizer que eu não quero o jogador, porque é nítido que a gente quer. Mas a negociação é quase impossível - afirmou em conversa com jornalistas no CT Rei Pelé, na última terça-feira (14).
*Matéria atualizada em 21/03, às 17h30