Em semana 'D' pela permanência de Jorge Sampaoli no Santos, a notícia de que Jair Bolsonaro assistiria da Vila Belmiro ao clássico San-São, neste sábado, causou apreensão. De acordo com os jornalistas Paulo Cezar de Andrade Prado e Lucas Musetti, o treinador teve discussão acalorada com os cartolas do Peixe durante a semana e ameaçou deixar o clube caso tivesse que cumprimentar o Presidente brasileiro.
O dia chegou, Bolsonaro esteve na Vila, Santos e São Paulo empataram em 1 a 1, e Sampaoli, em entrevista coletiva, falou sobre o tema. O treinador reforçou sua posição pró-democracia ao defender o direito de ir e vir do ex-partidário do PSL.
- Isso é democracia, o presidente tem direito de ir a onde quiser, não sei porque alguém acha que posso impedir a presença de alguém, seria uma falta de respeito. Sobre pensamentos políticos, eu prezo por defender a democracia. Eu vivi a ditadura no meu pais, nunca seria alguém que não defende isso, e isso é defender que qualquer um pode ir onde quiser. Veja o que acontece na Bolívia, que a democracia está debilitada - comentou o argentino.
O envolvimento de Jorge Sampaoli com causas políticas não é segredo. No final de outubro, o técnico demonstrou apoio aos protestos no Chile, e classificou a reação no país andino como "um exemplo para a América do Sul lutar contra o neoliberalismo".