Santos e Palmeiras se enfrentam neste sábado (30), às 17horas, no Maracanã, pela grande final da Copa Libertadores. Em clima de decisão, a CONMEBOL realizou uma série de entrevistas com os atletas das equipes. Carlos Sánchez conversou com a entidade e revelou o sonho de levantar a tala da competição e se aposentar no Santos.
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- Fui ao Uruguai um tempo, me juntei com uns amigos e alguns me diziam: "Esse clube deve ser grande, não?" E eu dizia, sim é muito grande. Não sabem a torcida que tem, que sempre nos apoia e isso para os jogadores é muito importante. Então, quem só vê o Santos jogar, pensa que o clube, ou a equipe não é nada, mas muita gente que me encontrava me deu valor, me felicitou e eles não sabem toda a dificuldade que temos passado. E todos surpresos com o que é o Santos. Porque conhecem por ver os jogos, não sabem muito o que é o clube. E eu digo que o clube é maravilhoso, a cidade é impressionante. E eu quero e tenho o desejo de ficar aqui, de me aposentar aqui, porque estou muito cômodo e espero que possa se coroar da melhor maneira. O sonho que tenho é levantando a Copa Libertadores - afirmou Carlos Sánchez.
Um dos líderes do elenco, Sánchez ainda se recupera da cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. O meia sofreu a lesão na vitória de 3 a 2 do Peixe diante o Olímpia pela Libertadores ainda na fase de grupos. Na ocasião, o camisa 7 fez o primeiro gol santista da partida.
O uruguaio tem previsão de volta aos gramados só em maio e confessou estar triste por não poder participar desse momento com a equipe. Contudo, Sánchez recebeu os colegas no CT Rei Pelé após a classificação para a final e, mesmo sem poder atuar, viajou com o elenco para a concentração.
- Um momento muito especial para mim. Pessoalmente, fico muito triste de ver os jogos e não poder ajudar meus companheiros. Sempre joguei toda minha vida e hoje estou passando por um momento bastante atípico. Às vezes, quando começa o jogo fica chateado, mas quando vejo meus companheiros jogarem vem a alegria, porque sei que eles estão jogando por todos nós, os machucados, e isso me deixa muito alegre, muito contente pelas coisas que estão acontecendo com a equipe - afirmou o jogador.
Com 36 anos, Sánchez é experiente na competição Sul-Americana. O meia jogou e foi campeão da competição pelo River Plate e conheceu bem o adversário do Santos na semifinal. Algoz do Boca Juniors, Sánchez falou da importância de vencer clubes copeiros nas fases eliminatórias. Peixe eliminou a LDU, o Grêmio e o Boca Juniors até chegar a final.
- Muito importante! muito importante porque jogamos com equipes copeiras, sempre sabem jogar esses campeonatos internacionais. Sempre foi difícil e tem que se dar muito valor a isso. Não foram equipes fáceis e sim equipes de muita história na Copa Libertadores. Tem que desfrutar, por isso os jogadores fizeram um esforço muito grande para levar o Santos ao lugar mais alto. Isso tem que se valorizar muito por nós e por toda nossa torcida. Sabendo que com tantas dificuldades, os jogadores mostraram mais potencial do que tínhamos.
Além de Carlos Sánchez, Jobson sofreu uma entorse e adiou sua cirurgia para poder viajar com o elenco. Copete voltou de empréstimo e devido ao transfer Ban, o maior artilheiro estrangeiro na história do Santos não pôde ser registrado a tempo para atuar, mesmo sem jogar há meses também viajou para o Rio de Janeiro.