Santos eleva patamar financeiro com o retorno à Série A e mira ajustes para 2025

Vitória sobre o Coritiba garantiu acesso à elite do futebol brasileiro com duas rodadas de antecedência

Escrito por Isabella Zuppo, supervisionado por

O Santos venceu o Coritiba na última segunda-feira (11) e alcançou o principal objetivo da temporada: o retorno à Série A do Brasileirão. Além da conquista esportiva, o acesso também traz uma nova realidade financeira para o clube, que precisará reformular diversos setores do futebol visando a próxima temporada.

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Título da Série B não esta garantido

O Santos atingiu o 'número mágico' de 68 pontos para a conquista do acesso, mas o título do Brasileirão Série B ainda não está garantido. A equipe tem cinco pontos de vantagem para Mirassol e Novorizontino, que ocupam a segunda e terceira posição na tabela.

O Peixe, inclsuive, pode garantir a taça com uma rodada de antecedência caso derrote o CRB neste domingo (17), na Vila Viva Sorte.

O título da competição, além da recompensa financeira, faria com que o Santos estreasse na Copa do Brasil apenas na terceira fase — etapa em que também entram os campeões da Copa do Nordeste, da Copa Verde, da Série A do Brasileirão e os representantes do Brasil na Libertadores.

Jogadores do Santos durante partida da Série B do Brasileirão (Foto: Hedeson Alves/AGIF)

Mudanças no corpo técnico e elenco

Há uma extensa lista de jogadores emprestados com possibilidade de retornar à Baixada em 2025. O desempenho esportivo, além de questões salariais, será fundamental para que a diretoria alvinegra defina o futuro de jogadores como Soteldo, Lucas Lima, Morelos, Lucas Barbosa, Zanocelo e Rodrigo Fernandes.

Ademais, a lista de atletas com contrato até dezembro é ampla: Renan, Gil, Hayner, Giuliano, Otero, Pedrinho, Laquintana e Willian Bigode. Eventuais renovações serão analisadas pelo departamento de futebol do Peixe, que tem a supervisão do presidente Marcelo Teixeira.

– Não acreditamos que haja a necessidade de uma reformulação como foi feita lá atrás. Nós temos uma base e atletas que podem compor o elenco, mas naturalmente pretendemos dar uma qualidade e força maior a esse grupo visando o próximo ano. Até porque não é apenas ter qualidade, mas um pouco mais de quantidade porque vamos disputar mais competições – afirmou Teixeira.

A permanência de Fábio Carille segue como incógnita. Com o acesso à primeira divisão, a cláusula de renovação atuomática por mais uma temporada foi acionada. O treinador, no entanto, evitou de comentar seu futuro após a vitória sobre o Coritiba.

– Tem 15 minutos que o jogo acabou, só foi comemoração no vestiário. Não deu para pensar ainda, penso que o Santos está muito atrasado em relação ao planejamento, o Santos não pode perder mais tempo. O importante é todos pensarem no Santos e começar a direcionar algumas coisas – disse.

Finanças

O Santos arrecadou cerca de R$ 25 milhões com os direitos de transmissão de seus jogos em 2024. Em 2023, antes do rebaixamento, o clube havia arrecadado R$ 96,5 milhões com essa receita, o que representa uma redução de mais de 70% de um ano para o outro.

Com o retorno à elite do futebol brasileiro, os valores devem facilmente ultrapassar os R$ 100 milhões, considerando as participações na Copa do Brasil, no Brasileirão e no Campeonato Paulista, além da valorização da marca do clube. Com mais dinheiro no caixa, o potencial de investimento para o elenco também aumenta

Fábio Carille, técnico do Santos (Foto: Reinaldo Campos/AGIF)

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Nova Vila Belmiro e Pacaembu

O Santos planeja demolir a Vila Belmiro e construir uma arena no local. De acordo com os planos apresentados pelos dirigentes, o novo estádio terá capacidade para cerca de 30 mil pessoas, o dobro do atual. Enquanto as obras acontecem no litoral, o Pacaembu é o favorito para abrigar os jogos do clube em São Paulo

– Precisamos ter um local próprio para jogar na capital. Nós queremos e vamos atuar no Pacaembu quando ele estiver pronto, mas a demolição e construção da nova arena depende do fim das obras do Pacaembu – afirmou Teixeira.

As negociações entre o Santos e a Allegra, concessionária responsável pelo projeto do Pacaembu, precisam ser concluídas. O Peixe tem uma carta de intenções assinada e acredita que receberá o aval da empresa para transferir suas partidas como mandante da Baixada Santista para a cidade de São Paulo.

– Recebemos essa semana o documento da WTorre. Ele já foi revisto pelos dois escritórios, agora a tendência é de que a direção faça a reunião específica com nosso escritório para dar uma nova avaliada e botar em prática os prazos anunciados – completou.

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