O Santos tem um importante aliado em sua estratégia de defesa no caso do volante Carlos Sánchez. O programa Comet, de consulta da situação dos jogadores disponibilizado pela Conmebol, mostra que o camisa 7 estava liberado para atuar desde o dia 24 de maio de 2018. Foi nisso que se se baseou o Alvinegro para escalá-lo no jogo contra o Independiente, na noite da última terça-feira, em Avellaneda, província de Buenos Aires.
Nesta quarta-feira, o gerente jurídico do Santos, Rodrigo Gama, e o presidente do clube, José Carlos Peres, garantiram que o Peixe não é o culpado, caso de fato o jogador tenha atuado de maneira irregular. A Conmebol abriu uma investigação para analisar uma suspensão de Sánchez datada de 2015, quando ainda atuava pelo River Plate, em partida da Copa Sul-Americana.
Sánchez foi punido com três jogos de suspensão em novembro de 2015, depois de agredir um gandula em partida contra o Hurácan. Em 2016, quando já estava no Monterrey, do México, viu a Conmebol anunciar uma anistia de 50% da pena a quase todos os julgados. Neste caso, ainda faltaria cumprir um jogo de suspensão.
De acordo com o sistema, porém, o jogador já está liberado desde maio. E, portanto, poderia sim ter atuado na noite da última terça-feira. O jurídico do Alvinegro já se movimenta para fazer a defesa. Não houve troca de e-mails, ligações ou qualquer contato direto com a entidade para falar sobre o caso antes da partida.
Na Argentina, há uma vertente que defende que o argumento do uso do Comet não será levado em consideração, visto que seria apenas uma maneira de consulta informal da situação dos jogadores. Porém, o Santos alega que não havia outra maneira de saber a respeito da situação de seus atletas.