Há 70 anos, a Seleção Brasileira conquistava a sua terceira Copa do Mundo, ao golear a Itália por 4 a 1, no estádio Azteca, no México, com cinco jogadores do Santos no elenco: Carlos Alberto, Joel Camargo, Clodoaldo, Pelé e Edu.
Dos cinco, três foram titulares absolutos e fundamentais, tanto para a conquista, quanto na decisão. Carlos, inclusive, foi o capitão do elenco e responsável por levantar a lendária taça Julles Rimet.
Confira como cada um dos santistas chegaram àquela Copa e como a participação deles ficou marcada.
O Capita
Chegou ao Santos em 1965, após surgir dois anos antes no Fluminense. Com a camisa alvinegra, atuou em 445 partidas, marcando 40 gols, mesmo atuando na linha defensiva, como lateral-direito. Foi o percursor dos laterais que avançavam ao ataque e teve muito sucesso nisso.
Na Copa de 70 ficou marcado, além de ter levantado a taça, tendo feito o último dos quatro gols brasileiros na final. O tento é repetido até hoje, por conta de uma jogada iniciada no campo de defesa e que passou pelos pés de Gérson, Clodaldo, Jairzinho, Rivellino e Pelé, antes do Capita aparecer como uma flecha no bico direito da grande área e, de primeira, fuzilasse o canto destro da meta italiana.
Clodoaldo
O volante clássico era o elo do meio-campo com um dos ataques mais cantados nas escalações mundiais, que tinha Gérson, Jairzinho, Rivellino, Tostão e Pelé. Foi titular em todos os jogos, sendo substituído em apenas um.
Na semifinal, empatou o duelo contra o Uruguai no último minuto do primeiro tempo. Já na decisão, iniciou um dos lances mais bonitos da história do futebol, limpando três italianos em uma jogada que terminou no gol de Carlos Alberto, citado acima.
O Rei
Pelé foi o último integrante do quinteto dos sonhos a deixar o Santos, que também contou com Dorval, Mengálvio, Pepe e Coutinho – que ainda permaneceu oito meses ao seu lado em 70, mas, embora cotado, não foi convocado por Zagallo à Copa.
Com 29 anos (completou 30 quatro meses após o Mundial), disputou a última das suas quatro Copas, aquele ano, sabendo que ali a chance de confirmar ao mundo a sua majestade, já que, embora tenha sido decisivo no primeiro título, em 1958, ainda aos 16 anos, contundiu-se no início da Copa de 1962 (onde Garrincha e Amarildo assumiram a responsabilidade e trouxeram a taça ao Brasil) e 1966 (na qual a Seleção foi eliminada na primeira fase).
Em solo Mexicano, disputou todas as partidas, atuando os 90 minutos nos seis compromissos e marcando quatro gols, um deles o que abriu o placar contra os italianos na Final, em uma cabeçada certeira no canto direito do goleiro Albertozi. No lendário quarto gol daquela final, citado acima, deu o paço açucarado antes da finalização de primeira do Capita no canto direito do arqueiro da Azzura.
Joel e Edu
Ambos foram reservas naquela elenco. Joel Camargo não teve a oportunidade de entrar em nenhuma oportunidade. Por sua vez, Edu entrou aos 29 minutos do segundo tempo da terceira partida da Seleção Brasileira, ainda na primeira fase, quando o Brasil venceu a Romênia por 3 a 2. No lugar de Clodoaldo, o atacante atuou os seus únicos 16 minutos naquele campeonato.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini