O atacante Geuvânio foi vendido ao Tianjin Quanjian (CNH) em janeiro deste ano, mas o Santos irá colher os frutos da transação apenas agora. À época da transferência, os 11 milhões de euros (aproximadamente R$ 49 milhões) foram depositados em juízo por conta de uma ação do fundo Doyen Sports, e o Peixe finalmente terá acesso ao montante. Ou melhor, aos 35% que detinha do jogador.
Por ter adquirido 35% dos direitos econômicos do ex-camisa 11 em 2014, a Doyen entrou com uma ação cobrando sua parte (cerca de R$ 17 milhões), e a Justiça determinou que os chineses depositassem o valor em juízo até que o imbróglio ser solucionado.
No entanto, o Peixe já discute a venda dos direitos econômicos de Geuvânio, Gabigol e Daniel Guedes em outra instância. O clube entende que a gestão anterior feriu o estatuto ao vender fatia de jogadores às vésperas da eleição e não reconhece o procedimento. Com isso, foi aberta demanda no Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá para solucionar o caso. Justamente por existir essa demanda, a Justiça extinguiu nesta semana a ação da Doyen, liberando o valor que já seria destinado originalmente ao clube.
Agora, o Santos enfim terá seus 35% do negócio, ou seja, R$ 17 milhões à disposição, e já sabe o que fazer. Atrasado em dois meses no pagamento do direito de imagem dos atletas, o presidente Modesto Roma Júnior pretende usar parte do montante para colocar os vencimentos em dia.
Os outros 30% dos direitos econômicos de Geuvânio, que pertenciam a empresários, foram pagos ainda no início do ano, quando Santos e Tianjin Quanjian acertaram a transferência. Os 35% que ainda causam discórdia entre Peixe e Doyen serão repassados ao fundo até que o Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá julgue a demanda santista.