Nascido e criado na cidade de Porto Calvo, município localizado no litoral alagoano e com pouco mais de 20 mil habitantes, o lateral Reinaldo volta ao seu estado para enfrentar o CSA por uma vaga na terceira fase da Copa do Brasil. Dono da lateral esquerda do São Paulo, o jogador pediu 50 ingressos para levar seus familiares e amigos ao estádio Rei Pelé para acompanharem o confronto na noite da próxima quinta (15).
- Já falei que quero 50 ingressos (risos). Vão ser 50 pessoas de Porto Calvo em Maceió (distância de pouco mais de 150 quilômetros entre as cidades). Meus familiares estarão gritando e torcendo muito para o São Paulo conseguir a classificação, disse o camisa 14 do Tricolor em entrevista ao canal oficial do São Paulo no Youtube.
Apoiado pela família que dificilmente consegue vê-lo em ação por conta da ausência de clubes alagoanos na Série A do Brasileirão, o jogo contra o CSA é uma oportunidade única de rever os amigos da infância. Embora tenha uma chance de reencontrar seus entes queridos no meio da temporada do futebol brasileiro, o são-paulino sabe da importância do duelo para as pretensões do clube do Morumbi. Por isso, espera que os torcedores do Tricolor compareçam ao estádio Rei Pelé para apoiarem a equipe.
-Vai ser muita pressão por parte da torcida, mas já estamos acostumados com isso. Tenho certeza que os torcedores são-paulinos estarão lá para nos apoiar, pontuou Reinaldo, chamando os são-paulinos para o confronto decisivo.
Apesar de ter nascido em Alagoas, Reinaldo não chegou a jogar por nenhum clube de seu estado. Ainda na adolescência, o jogador nordestino deixou Porto Calvo e veio para o interior de São Paulo. Depois de tentar a sorte no Atlético Sorocaba e ser reprovado no período de testes, Reinaldo foi para a Penapolense – clube onde foi profissionalizado e despontou na carreira. Em alta no Tricolor, o lateral olha para o passado e agradece as oportunidades que o futebol lhe deu.
- Esse momento no São Paulo é muito bom. Valoriza muito porque eu vim de uma infância de trabalho, de muito esforço. Mas um trabalho digno, um trabalho honesto. Graças a Deus e á minha honestidade estou conseguindo vencer na vida e estou aqui no São Paulo, comemorou o jogador, que trabalhava com o pai na infância para ajudar no sustento da família.