A derrota do São Paulo por 2 a 1 para o América-MG deixou bem clara qual a grande aposta do Tricolor na temporada: os mata-matas. Tal decisão até se justifica, considerando a chance de uma conquista e o peso das competições. O problema que se coloca para o São Paulo, no entanto, diz respeito a como tratar o Brasileirão daqui em diante.
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A derrota diante do clube mineiro fez com que o clube do Morumbi voltasse a 'visitar' a segunda página da tabela. Com 28 pontos em 21 jogos, o time de Dorival Júnior ocupa a 11ª posição na classificação, com sete vitórias, sete empates e sete derrotas no total.
Mais do que isso: o rendimento em campo expôs toda a dificuldade do São Paulo em jogar como visitante no Brasileirão. O time ainda não venceu na competição atuando longe do Morumbi e, mais uma vez, terminou a primeira etapa sem dar um chute contra o gol do adversário - tal fato já tinha acontecido na última quinta-feira (24), diante da LDU.
Um dos lances mais emblemáticos do jogo, e que simboliza a diferença na mentalidade do time de acordo com a competição disputada, foi o chute de Luciano no fim da segunda etapa. Até agora não sabemos se o jogador pensou estar impedido ou se apenas errou. Fato é que o atacante isolou uma finalização que poderia colocar o Tricolor à frente no placar a poucos minutos do fim do jogo.
Mais uma vez, vale a ponderação: analisar o jogo a partir das individualidades não faz sentido, se os melhores momentos do São Paulo no ano foram graças a um jogo coletivo de bom nível. Dorival mesmo sabe disso, como afirmou na coletiva. Assim, o lance de Luciano nada mais é um exemplo de como o time trata o Brasileirão.
Até aqui, o São Paulo conseguiu administrar bem as três maiores competições da temporada, atingindo a final da Copa do Brasil e se colocando como um dos principais candidatos à Sul-Americana (mesmo com a derrota diante da LDU). O momento, porém, pede uma mudança no foco.
A distância do Tricolor para a zona do rebaixamento é a mesma distância para a zona de classificação para a 'Pré-Libertadores': sete pontos. Pela qualidade do elenco e do trabalho de Dorival, o time não vai brigar contra o rebaixamento. Mas olhar para a parte de baixo da tabela nunca é bom.
Caso não tenha o êxito esperado nas competições eliminatórias, o clube encerrará a temporada de mãos vazias e sem uma vaga na Libertadores. Se não dedicar um pouco mais de atenção ao Brasileirão, essa aposta pode sair cara demais.