ANÁLISE: Bola parada se torna ‘melhor amiga’ do São Paulo
Na vitória contra o São Bento, os três gols marcados pelo Tricolor surgiram de um mesmo ponto de partida: a bola parada
Se bola parada não foi um dos grandes 'fortes' do São Paulo em 2022, nesta temporada está sendo diferente. Contra o São Bento, na vitória por 3 a 0, todos os gols do Tricolor tiveram a mesma origem. E vale destacar a importância desta partida: com o resultado, a equipe já garantiu sua classificação para as quartas de final do Campeonato Paulista.
O primeiro gol surgiu após uma cobrança de escanteio de Wellington Rato, sendo Giuliano Galoppo o autor. O segundo, marcado por Pedrinho, surgiu em uma jogada gerada após uma cobrança de falta de Alisson. O último, sendo marcado por Calleri, mais uma vez após uma cobrança de falta - desta vez com Patryck - Cria de Cotia.
ATUAÇÕES: Galoppo e Wellington Rato são novamente cruciais na vitória do São Paulo
Veja tabela do Campeonato Paulista e simule os próximos jogos
Mas a bola parada ofensiva não foi nada exclusivo deste encontro com o São Bento, e sim algo que acompanha o Tricolor há algumas partidas. Ao todo, foram oito gols de bola parada em dez partidas disputadas em 2023. E existe um nome que é um dos grandes responsáveis por isso: Wellington Rato.
Além do escanteio 'venenoso' cobrado nesta terça-feira (21), Rato tem se firmado cada vez mais como o 'cruzador oficial' do Tricolor paulista. Se analisar os outros jogos do São Paulo, foram três assistências dadas desta forma.
A bola parada era uma das grandes preocupações de Rogério Ceni no último ano. Mas com a chegada do reforço, que esteve presente em todos os jogos da temporada até agora, parece estar resolvido. Ao falar de futebol, uma afirmação é praticamente lei: time que tem bola parada perigosa sempre eleva o patamar.
Quanto a partida, o primeiro tempo parecia nada prometer. Entretanto, quase nos minutos finais da primeira etapa, a salvação chegou. No segundo tempo, um ritmo parecido. Tricolor tentou criar um pouco mais, contando bastante com a presença de Caio no lado esquerdo, que foi bem ofensivo. Mas os outros dois gols que saíram seguiram o mesmo roteiro.
Durante a coletiva de imprensa pós-jogo, o treinador reconheceu a importância que as bolas paradas têm apresentado para equipe, destacando que é algo que está sendo bastante trabalhado nos treinamentos. Sobre Wellington Rato como peça principal neste quesito, destacou que é um dos que mais entregam
- A bola parada tem que ser muito preparada e o Charles (auxiliar-técnico) tem trabalhado muito. Sempre dou aqueles 20 minutos antes do treino para trabalhar finalizações, jogadas, combinações. Ele pega alguns jogadores para fazer essa marcação de escanteio. É essencial ter um bom batedor. Jogadores altos, que atacam bem a bola, seja em primeiro ou segundo pau. É fundamental. Rato tem sido essencial, o jogador que mais entrega desde a contratação porque ele tem decidido muito o jogo. É bom também com a bola rolando, compete muito - disse.
Pela primeira vez em algum tempo, as bolas paradas do São Paulo tem influenciado bastante nas vitórias da equipe. E se o problema era a falta de um cobrador oficial, ao que tudo indica, parece ter sido resolvido.
