Escrito por Lance!
Na última quinta-feira (14), o São Paulo empatou por 1 a 1 com o Ceará, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na partida de reestreia de Rogério Ceni, a equipe mostrou bom desempenho ofensivo, apesar do resultado ruim para a sequência do time na competição. Com alto volume de jogo, a equipe perdeu muitas oportunidades, o que impediu que o time passasse a frente no placar.
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Sem contar com Rigoni, principal jogador do ataque são-paulino e atacante que joga pelas beiradas do campo, Rogério Ceni escalou a equipe em um 4-2-2-2, sem utilizar pontas. No meio de campo, sem poder escalar Luan, que se lesionou no último treino, o técnico não utilizou volantes de marcação, optando por Liziero e Igor Gomes como volantes (embora Igor Gomes tenha exercido papel mais ofensivo) e Benítez e Gabriel Sara como jogadores de criação.
Assim, os jogadores de ataque se concentraram, em sua maioria, na faixa central do campo, o que fez com que os laterais fossem os responsáveis por atacar pelas pontas. Ao mesmo tempo que esse padrão trouxe benefícios ao ataque, prejudicou e fragilizou a defesa.
Com um time ofensivo, Benítez, que não vinha recebendo muitas chances, comandou a criação ao lado de Gabriel Sara. Um pouco mais atrás, Igor Gomes também apoiou as subidas dos meias, enquanto Liziero ocupou um espaço mais recuado, iniciando as jogadas.
Nos momentos de ataque, Benítez e Sara acionavam os laterais Reinaldo e Orejuela, pelas pontas, e, então, se centralizava, mais próximo aos atacantes, com Sara mais à esquerda e Igor Gomes à direita. As jogadas foram variadas, com criação pelo meio e o uso dos laterais para cruzar a bola na área. Nos cruzamentos, Luciano e Calleri permaneciam na área, entre os zagueiros, enquanto Benítez ficava na entrada da área.
O maior trunfo do ataque, porém, foi a dupla formada por Luciano e Calleri. Juntos, os atacantes foram responsáveis por 11 das 23 finalizações da equipe na partida. Com Luciano um pouco mais móvel e explorando as costas da defesa, o camisa 11 teve oportunidades de ouro para fazer o gol, mas parou em Richard ou então faltou com capricho na conclusão, perdendo as chances.
Na defesa, a ausência de um volante de marcação como Luan foi sentida. Como dito anteriormente, os laterais se lançaram ao ataque e, com esse posicionamento, aliado à menor qualidade defensiva de Liziero (se comparado a Luan), contribuiu para uma fragilidade na dupla de zaga, formada por Miranda e Léo. Nos momentos em que o Ceará buscou o ataque, a equipe nordestina muitas vezes conseguiu encaixar boas chances, explorando as falhas da marcação. O São Paulo contou com Tiago Volpi mais de uma vez para segurar o placar e evitar a vantagem adversária.
Mesmo com o São Paulo dominando a partida e explorando o campo de ataque, o Ceará abriu o placar. Aos 22 minutos da primeira etapa, após falta cruzada na área do Tricolor, a defesa teve dificuldades para tirar a bola, que sobrou para Fabinho, na entrada da área. O jogador acertou um belo voleio de fora da área, sem chances para Volpi. A dificuldades no posicionamento em uma bola parada pode ser fruto do pouco tempo de Ceni no comando do time.
O gol nasceu de um erro do adversário. Com Orejuela explorando o ataque pelo lado direito do campo, o lateral cruzou a bola na área, mas contou com um erro do zagueiro para que a bola sobrasse nos pés de Calleri, que chutou para a defesa de Richard e, no rebote, fez o gol de empate. O São Paulo ainda teria chances de passar à frente, mas não aproveitou.
Na primeira partida de sua segunda passagem pelo São Paulo, Rogério Ceni mostrou alguns pontos promissores, com uma equipe que tem potencial para ter repertório ofensivo e intensidade. Embora ajustes sejam necessários, especialmente na defesa, e os desfalques de Rigoni e Luan sejam marcantes, o desempenho foi bom, apesar do resultado.
Com o empate, o São Paulo segue na 13ª posição do Campeonato Brasileiro, com 31 pontos somados. A distância para a zona de rebaixamento agora é de quatro pontos, um ponto maior, embora a proximidade seja incômoda. O próximo jogo da equipe é contra o Corinthians, no Morumbi, na próxima segunda-feira (18), às 20h.