Antes da partida deste domingo (18), comecei uma das reportagens do São Paulo com a questão: dá para confiar no Tricolor no Castelão? Pois bem, após a vitória por 2 a 0 sobre o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro, houve alguma mudança na resposta? Sim. Ela agora é talvez.
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Sem provocações baratas a rivais, 'cabeça fria, coração quente' vem sendo o lema são-paulino nesta conturbada temporada. Não é para menos. Sim, o Vozão terminou os 90 minutos com apenas nove jogadores em campo. Mas a culpa não é do Tricolor, que a cada jornada mostra que, se ainda não aprendeu a sofrer, pelo menos está convivendo melhor com o sentimento...
Mas como assim, vitória por dois gols de diferença contra um rival com dois atletas a menos? Isso é sofrimento? Só pode dizer isso quem não viu o jogo. O puro suco de 'cenismo' deu as caras novamente no Castelão: uma equipe contundente no ataque, mas que falha na parte defensiva. Foi assim com as três chances seguidas dos cearenses, logo no começo do jogo. Uma delas após falha bisonha de Felipe Alves (goleiro integra a defesa, não?)...
E não iremos falar de arbitragem. Perda de tempo 'bater em bêbado', como diria o ditado. Um juiz que só apitou um duelo de Série A até então na carreira apresentou fragilidades típicas de iniciantes, nervosismo, viu o VAR lhe jogar uma batata quente nas mãos e se saiu pior ainda por força da regra que lhe obrigou a expulsar o zagueiro do Vozão. Tinha tudo para descambar para algo pior: a torcida local encheu o gramado de garrafas. Mas por forças sobrenaturais, o segundo tempo foi de uma lisura impressionante, mais por força das equipes do que pelo homem do apito.
Mas e o São Paulo? O título desta análise é autoexplicativo. Uma vitória contundente de um time que precisa ser feliz, recompensar a dedicação da sua torcida e desviar o foco do que fazem seus dirigentes. O São Paulo chegou em uma final sul-americana apesar deles, não por causa deles.
E o resultado do Castelão, somado ao esperado tempo de descanso que Ceni não teve por meia temporada, pode enfim impulsionar o Tricolor a, quem sabe, ficar entre os oito primeiros no Brasileirão? Sonhar não custa nada. E para quem foi à semifinal da Copa do Brasil e disputará uma taça daqui dois finais de semana, tudo é possível...
Otimismo. Que o são-paulino perdeu ao longo dos últimos 13 anos. E vitórias como a de domingo podem ajudar a reavê-lo. Pelo bem de um ídolo como Ceni. Pelo bem de um elenco que luta e se dedica em campo.
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