Em ano de eleições municipais, candidatos correm desesperados para melhorias fantasiosas e de última hora nas cidades. Tudo por mais votos, por populismo. Aquela rua esburacada vira um tapete por alguns meses, nada que tempestades de dezembro não retomem a paisagem original.
A metáfora é simples e pode ser aplicada ao movimento do São Paulo no mercado. As inscrições para o Brasileirão terminam em 15 dias, o time tem duas vitórias nos últimos 11 jogos e a pressão só cresce. E com a equipe cheia de carências e problemas, o planejamento inicial precisou ser alterado.
Fazer mais contratações não era a ideia do departamento de futebol. Mas é preciso responder aos anseios do povo, digo, dos são-paulinos. No desespero, então, começa a busca por materiais para tapar os buracos. Um dos principais está na armação de jogadas, setor enfraquecido com a saída de PH Ganso, e a solução é de Segunda (mão) Divisão.
Quando a fase era boa, a ideia da diretoria e da comissão técnica era apostar mais na base. Cenário crítico traz medos sobre queimar os garotos do clube
Jean Carlos é canhoto como o Maestro. Tem oito assistências na Série B do Brasileirão pelo Vila Nova, mesmo número que o meia agora no Sevilla (ESP) registrou em 2016 pelo Tricolor. O lado negativo é que foi dispensado pelo rival Palmeiras quando estourou a idade para jogar na base e sofre alguns questionamentos sobre a postura “boleira”.
O Vila e o São Bernardo, que detém os direitos econômicos do armador, acreditam que o acordo com o São Paulo deve acontecer em breve. O presidente do clube goiano, Guto Veronez, é quem conduz as negociações. Os tricolores darão sua resposta aos eleitores, mas é preciso fiscalizar para saber se os reparos no elenco, como o interesse no atacante Marquinhos, são superficiais e desesperados ou apostas convictas.