Conforme o LANCE! revelou em agosto, o Morumbi seria um dos primeiros estádios a ter a volta das bandeiras de mastro nas arquibancadas. Segundo Henrique Gomes, o Baby, presidente da Independente, maior torcida organizada do São Paulo, os adereços foram liberados já para a partida do próximo domingo (9) entre o Tricolor e o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro.
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Em uma postagem nas suas redes sociais, Baby revelou que por enquanto a Polícia Militar impôs restrições, como era previsto. O L! apurou que a corporação definiu a entrada de apenas duas bandeiras por torcida e delimitou o tamanho delas.
Questionada, a PM não respondeu a reportagem até a publicação desta reportagem.
O L! apurou junto ao comando do Batalhão de Choque, responsável pelo policiamento nos estádios da capital paulista, que o Morumbi seria um dos primeiros estádios a ter a liberação das bandeiras por ser o mais antigo da cidade e pelo fato da corporação já saber como fazer a vistoria dos adereços no local.
- Não ainda como queremos, mas já é um ponto de partida. Violência é proibir a festa. Seguiremos respeitando o sistema, mas lutando pela festa total - disse Baby.
As bandeiras de mastro estavam proibidas nos estádios paulistas desde 1995, após a conhecida briga entre são-paulinos e palmeirenses na final da Supercopa São Paulo de juniores, em episódio conhecido como a 'Batalha do Pacaembu', onde um torcedor foi morto.
A decisão do juiz Fabrício Reali Zia atende a um pedido feito pela Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), que intercedeu favorável à entrada das bandeiras com hastes e suportes com entrada e controle feito pela Polícia Militar.
Em sua decisão, o magistrado entendeu que o acesso dos artefatos às praças esportivas paulistas atende o Estatuto do Torcedor, lei federal que já previa a liberação das bandeiras.
'O espírito da Lei em se permitir o lazer cultural brasileiro, sem se descurar da segurança, é de se conceder a autorização para a entrada de torcedores portando bandeiras, direito que fica condicionado ao intuito de manifestação festiva e amigável', destacou Zia em sua decisão.
A promotora Regiane Vinche Zampar Guimarães Pereira recorreu da decisão do magistrado, o que fez a PM atrasar o planejamento para a entrada do artefato, uma vez que ela deu parecer contrário à decisão. O recurso ainda será julgado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
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