Quando Edgardo Bauza assumiu o comando do São Paulo no fim de dezembro do ano passado, um dos primeiros pedidos do treinador foi a contratação do lateral-direito Julio Buffarini. Para o técnico, o argentino do San Lorenzo seria fundamental para corrigir os problemas defensivos que o Tricolor mostrou em 2015 e evidenciou a desconfiança dele sobre Bruno.
Passados quase cinco meses do início do trabalho de Patón, a torcida são-paulina parece ter deixado de lado a campanha pela chegada de Buffarini. E, com menos pressão, o titular da equipe passou a ter desempenho melhor na equipe. Até aqui foram 22 partidas do lateral na temporada, com quatro assistências anotadas. A marca é a mesma de todo ano de 2015, em 52 jogos.
- A gente vem trabalhando sempre para evoluir. Mesmo que não acerte uma assistência, a gente tem que ajudar na marcação, ficar sério atrás e ajudar o time a sair com a vitória - destacou o ala, que nos 4 a 0 sobre o Toluca (MEX) inovou ao acertar arremesso lateral para Michel Bastos abrir o placar:
- Cara, nunca tinha dado um passe assim, mas contra o The Strongest lá na Bolívia eu acertei um e a bola ficou quicando na área e assustou eles. Aí não pensei duas vezes para repetir. Acho que pode ser uma arma, então vou começar a treinar para ver se dá resultado - prometeu.
Bruno se destacou na grande partida do São Paulo contra o Toluca não somente pela assistência. Brigou muito, desarmou bem e manteve um hábito que vem desde os tempos de Fluminense. Quem o acompanha há mais tempo avisou, na chegada ao Morumbi: o lateral costuma aplicar chapéus nos jogos.
- A bola vem e é meio que automático dar o chapéu. Não fico pensando nisso antes. O importante é que a equipe conquistou um bom resultado. Agora é pés no chão, porque ainda temos 90 minutos pela frente - pediu, lembrando a partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores da América, marcado para a próxima quarta-feira, às 19h15, no México.