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Ceará

Calleri perde pênalti, mas São Paulo conquista vantagem ante o Ceará no Morumbi com golaço de Nikão

Camisa 10 acertou chute certeiro para deixar Tricolor com possibilidade de empatar e conquistar classificação nas quartas de final da Copa Sul-Americana

São Paulo x Ceará
imagem cameraNikão festeja o seu belo gol em chute certeiro: vantagem mínima para o Tricolor (Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/08/2022
18:55
Atualizado em 03/08/2022
21:20

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Mesmo jogando um primeiro tempo ruim, novamente o São Paulo fez o básico para conseguir sair do Morumbi com vantagem na disputa de um mata-mata. Desta vez foi contra o Ceará, na noite desta quarta-feira (3), vencido pelo Tricolor por 1 a 0 no duelo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana.


A vantagem poderia ter sido maior, visto que o VAR apontou e a arbitragem marcou um pênalti na reta final do segundo tempo, perdido por Calleri.

Menos mal para o Tricolor que Nikão, que entrada na etapa final, havia aberto o placar instantes antes em um belo chute de fora da área.

Resultado magro, mas suficiente para fazer com que o time paulista tenha a possibilidade de jogar por um empate no jogo de volta do duelo, semana que vem, no Castelão. Mesma situação vivida na Copa do Brasil, onde o adversário é o América-MG.

Placar também serviu para manter o tabu são-paulino em sua casa nos jogos de mata-mata. O clube alcançou nove vitórias seguidas no Morumbi em partidas eliminatórias, um feito inédito em sua história. Para quem aposta nas copas para festejar um título, é um alento ao torcedor ante o futebol pragmático apresentado.

O JOGO

São Paulo e Ceará fizeram um primeiro tempo de muita intensidade e disputa, mas de pouco futebol objetivo, de criação de jogadas claras de gol.

Era um Tricolor de muita intensidade, muita busca nas jogadas de profundidade pelas laterais do campo, mas de pouca efetividade ofensiva. Parte por precariedade na construção das jogadas, parte pela esquema defensivo muito bem armado pelo visitante alvinegro.

E o que esperar de um jogo assim? Muito pouco. Salve chances medíocres de rebote no desvio da bola por parte dos cearenses, como aos 14', quando Igor Gomes chutou e conseguiu um escanteio, nada de proveitoso na construção são-paulina.

Mas os paulistas não jogaram sozinhos. Do outro lado havia um adversário que parecia bem preparado para o que ia enfrentar. E aí passou a jogar no erro tricolor. Deu certo.

Aos 17', Fernando Sobral indiciou o caminho ao roubar a bola de Miranda, exposto a maior parte do tempo. Mas chutou por cima do travessão.

Aos 29', na melhor chance da etapa inicial, Nino Paraíba até calibrou o pé, mas faltou sorte. Ele roubou a bola de Léo pelo lado esquerdo, arrancou livre, invadiu a área e acertou a trave na finalização.

Foram duas finalizações são-paulinas em todo os 45 minutos. Já relatamos um, o outro foi de Gabriel Neves, aos 36', nas mesmas circunstâncias. Pouco, muito pouco. E do outro lado o Ceará continuou a jogar no erro dos mandantes. E continuou assustando.

Aos 42' Miranda se atrapalhou ao tentar deixar a bola para Felipe Alves, Mendoza tomou a frente e desviou, mas o goleiro tricolor conseguiu se recuperar e abafar de barriga o novo chute.

Para não dizer que não falamos das flores, o São Paulo, enfim, arrancou um suspiro do seu torcedor aos 45'. Igor Gomes desviou bola pelo alto após cobrança de escanteio e Léo finalizou à queima-roupa para a defesa de João Ricardo.

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TRICOLOR VOLTA ELÉTRICO PARA ETAPA FINAL E CHEGA AO GOL

A bronca de Rogério Ceni no intervalo deve ter surtido efeito, pois tudo o que o São Paulo não fez por todo o primeiro tempo, executou logo no início da etapa final.

Logo na primeira jogada, Igor Gomes recebeu dentro da área, finalizou e Victor Luis salvou na pequena área. Rodrigo Nestor tentou o rebote e a bola explodiu na zaga.

Aos 3', foi a vez de Luciano. O camisa 11 recebeu na entrada da área, girou e finalizou no cantinho, obrigando João Ricardo a espalmar para escanteio.

O ímpeto são-paulino durou pouco. Muito bem postado defensivamente, o Ceará conseguiu anular rapidamente o caminho do ataque tricolor. E ainda aparecia no contra-ataque. Aos 13, em um desses lances, Vina arrancou em velocidade pela direita e cruzou na medida para para Mendoza, que não consegue a finalização.

Era preciso fazer algo. E Ceni fez. Mexeu na estrutura do meio-campo. E o resultado veio. Aos 24', Nikão, uma das peças que entraram no decorrer do segundo tempo, recebeu passe na entrada da área, ajeitou para a perna esquerda e soltou o forte chute, sem chances de defesa, abrindo o placar no jogo.

O que já era positivo, poderia ficar melhor. Aos 31, Calleri disputou bola com Victor Luís e caiu na área sangrando. O VAR orientou e a arbitragem marcou o pênalti. O argentino foi para a cobrança, mas João Ricardo fez a defesa. Igor Vinícius ainda tentou pegar o rebote, mas o arqueiro cearense fez outra defesa. No escanteio, Galoppo desviou a bola para fora.  Era o suficiente no jogo para selar o placar final vantajoso ao Tricolor.

PRÓXIMOS JOGOS

São Paulo e Ceará fazem o duelo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana na próxima quarta-feira (10), às 19h15 (de Brasília), no Castelão, em Fortaleza (CE). Antes, o Tricolor tem um jogo contra o Flamengo, às 20h30 (de Brasília) de sábado (6), novamente no Morumbi. O Vozão vai ao Rio de Janeiro (RJ) encarar o Botafogo, no mesmo dia, mas as 16h30 (de Brasília).

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 x 0 CEARÁ


Data: 3/8/2022 (quarta-feira), às 19h15 (de Brasília)
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Piero Maza (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann e Claudio Rios (ambos do Chile)
VAR: Jhon Perdomo (Chile)
Público e renda: 52.338/ R$ 2.953.068,00

Cartões amarelos: Welington (São Paulo); Victor Luís e Nino Paraíba (Ceará)
GOLS: Nikão aos 24min do 2ºT (1-0)

SÃO PAULO: Felipe Alves; Diego Costa, Miranda e Léo; Igor Vinícius, Gabriel Neves (Pablo Maia 20/2), Igor Gomes (Galoppo 20/2), Rodrigo Nestor (Colorado 48/2) e Welington; Luciano (Nikão 20/2) e Calleri (Éder 40/2). Técnico: Rogério Ceni

CEARÁ: João Ricardo; Nino Paraíba, Messias, Luiz Otávio e Victor Luis; Richardson, Richard Coelho, Diego Rigonato (Fernando Sobral 5/1)  e Vina; Mendoza e Yuri Castilho (Cléber 11/2). Técnico: Marquinhos Santos

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