Técnico campeão brasileiro da Série B com o Fortaleza, Rogério Ceni cutucou Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo. Questionado se aceitaria um suposto convite para voltar a treinar o Tricolor do Morumbi, o ídolo foi categórico em sua resposta.
- Quem sabe um dia, depois de 2020, a gente volta a trabalhar no São Paulo. Esse não é o momento de voltar. É o momento de continuar uma nova carreira. Eu, se fosse o presidente, não me procuraria. E eu também não aceitaria um convite vindo dele - afirmou Ceni em entrevista ao canal Fox Sports.
Curiosamente, o mandato de Leco no São Paulo vai até o fim de 2020. O atual presidente e o ex-treinador tiveram uma relação conturbada no primeiro semestre do ano passando, quando Ceni dirigiu a equipe.
Na ocasião, Leco optou por vender alguns nomes do elenco tricolor para aliviar as dívidas do clube. Entre eles, David Neres, Luiz Araújo, Thiago Mendes, Maicon e Lyanco.
Eliminado do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil, da Copa Sul-Americana e, na época, na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, Rogério Ceni foi demitido com seis meses de trabalho.
Na opinião do treinador, que comandou o retorno do Fortaleza de volta à elite do Brasileirão após mais de uma década fora, os resultados ruins no São Paulo possuem relação direta com a conduta da diretoria. O
- Não tenho nada a falar sobre o presidente (referindo-se a Leco). Por que não tivemos sucesso? Perdemos a velocidade de lado, Luiz Araújo, Neres. Tudo é uma máquina, um sistema. Quando você perde Thiago Mendes, eu preciso da velocidade e desses jogadores. Sem esses jogadores, fica difícil. Tinha um grupo de trabalho muito jovem, muitos que eu subi. Já nem estão mais, como é o caso do Militão, que foi para fora. Eu fiz o meu melhor com aquele time e fico com a consciência tranquila. Sobre o presidente, já falei o que tinha de falar. Agradeço pelo São Paulo ter me dado a oportunidade. Não posso esconder o meu carinho eterno pelo clube que me revelou pelo futebol - concluiu Ceni.