Em um intervalo de suas aulas no curso para técnicos da CBF, Rogério Ceni comentou a chegada de Raí como diretor executivo de futebol do São Paulo. E, sem citar o nome do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o novo técnico do Fortaleza, demitido há seis meses por Leco no Tricolor paulista, pediu que o ídolo dos anos 1990 tenha liberdade para não ser vítima de uma má administração.
- O Raí é um profissional fora de série, uma pessoa muito bacana. Tem tudo para dar certo se deixarem o Raí trabalhar, tomar decisões. Quem sabe as coisas possam melhorar bastante para 2018 - indicou o ex-goleiro à ESPN, deixando claro que Leco não pode atrapalhar um ícone do clube.
- Espero que o Raí tenha respaldo e que os resultados venham. Não podemos perder pessoas que deram tanto pelo clube por uma má administração feita por pessoas que não têm uma história tão grande e ligada ao clube. Pessoas como o Raí, por exemplo, de quem automaticamente se lembra quando se pensa em São Paulo, precisam ter respaldo - indicou.
- Torço para que esteja preparado, como acredito que esteja, e que as pessoas o deixem tomar decisões, fazer as coisas como pensa, como vê o futebol. Com certeza, é uma visão muito mais atualizada e transparente do que outras pessoas têm sobre futebol. Que ele tenha liberdade para trabalhar. Esse é o principal de tudo. Se tiver, é garantia de sucesso para o São Paulo.
Raí chega para substituir Vinicius Pinotti, que pediu demissão do cargo de diretor na quarta-feira por divergências com Leco. Ceni crê que o ex-meia e Pinotti poderiam atuar juntos à frente do departamento de futebol, mas diz confiar plenamente na preparação de Raí.
- O nome do Raí é indispensável para todo são-paulino, é o maior jogador que vi vestir a camisa do clube, e uma pessoa extremamente preparada. Fala francês, inglês, fez cursos lá fora, vem com a Gol de Letra mesmo em uma parte administrativa há muito tempo. Vem se preparando para isso e tem identificação com o clube. Independentemente da função que ocupar, terá sucesso - apostou.
- Precisa ter o modo como ele pensa, a parte administrativa e do futebol. Que ele possa desenvolver isso através do seu trabalho, das suas decisões e das suas convicções. Ele é uma pessoa, realmente, talhada, preparada. Foi como atleta e, apesar de ser sua primeira chance no futebol em si, trabalhando com os atletas, é completamente capacitado para tomar as decisões - reforçou.