Há uma semana, no dia seguinte a uma derrota por 2 a 0 para o Palmeiras na qual o São Paulo pouco mostrou reação no Allianz Parque, a diretoria decidiu demitir Dorival Júnior e rapidamente acertou com Diego Aguirre. Internamente, o elenco também se cobrou para mudar. Os jogadores ratificaram o título paulista como objetivo após perder todos os três clássicos na primeira fase.
- É difícil falar da mudança (de técnico). Houve uma mudança interior. Aquela derrota contra o Palmeiras mexeu, realmente, com a gente. Houve uma mudança de postura. Isso foi importante. Agora é manter os pés no chão, com humildade, porque temos mais decisões pela frente - disse Marcos Guilherme, na tentativa de explicar como a equipe mostrou inspiração com seis gols nas vitórias sobre Red Bull e CRB logo após a saída de Dorival.
A nova postura, citada pelos jogadores, será a exigência interna para a reta decisiva que já se iniciou para o clube com o triunfo por 3 a 0 diante do CRB, em Alagoas, nessa quarta-feira, que classificou o time para a quarta fase da Copa do Brasil. Mas a meta imediata é o Paulista, e neste sábado, fora de casa, a equipe abre as quartas de final do torneio, diante do São Caetano.
- Agora, em dois jogos, a gente define uma semifinal para nós. E traçamos um objetivo: conquistar o Campeonato Paulista. É o título mais próximo. Temos uma responsabilidade muito grande, e sabemos que será muito difícil - expôs Rodrigo Caio, que mandou mensagem agradecendo Dorival, que considera responsável por evitar o rebaixamento no Brasileiro de 2017, e já avisou aos colegas que a pressão não vai diminuir no clube sem o técnico.
- Conseguimos duas vitórias importantes que recuperam nossa confiança um pouco. Agora, vamos para o Paulista já com jogos decisivos, precisamos de um nível de concentração altíssimo. A cobrança sempre vai ser muito alta. A torcida vem no seu limite, querendo títulos e resultados positivos a curto prazo. Precisamos nos acostumar à pressão. E o mais importante é que, dentro de campo, a gente consiga dar o nosso melhor - disse Rodrigo Caio.
Se o objetivo é fazer o Tricolor voltar a ser campeão paulista depois de 13 anos, é praticamente certo que o time terá pela frente novos clássicos. Mas o fracasso recente nos embates diante de Corinthians, Palmeiras e Santos fica para trás, por enquanto, já que tem dois jogos contra o São Caetano como adversário nas quartas de final.
- Isso já passou. Aprendemos com o que perdemos. Agora, é a fase final do Paulista. Deixa para lá. Quando tiver mais um clássico, vamos entrar com postura diferente. Mas, agora, é pensar nas quartas de final, que são o mais importante - indicou Marcos Guilherme.