Em meio à insatisfação reforçada a cada declaração de jogador do São Paulo, uma nova dupla de zaga surge na contramão do mau momento. Seja pela postura ou pelo desempenho enquanto estiveram juntos em campo, Lugano e Maicon representam espírito que o torcedor, a diretoria e o técnico Edgardo Bauza esperam do time na Venezuela, onde joga nesta quarta-feira, contra o Trujillanos, pela Copa Libertadores.
Lugano todos já conheciam pelo passado vitorioso no clube. A surpresa, portanto, ficou por conta da rápida adaptação de Maicon, contratado por empréstimo do Porto (POR). Fora do Brasil há muitos anos, o jogador não teve dificuldade para ganhar um lugar no time e deve formar novamente a zaga com Lugano pela segunda vez. Atuaram contra o River Plate e suportaram a pressão do Monumental de Nuñez, no empate por 1 a 1 – o gol dos argentinos foi contra, após Denis jogar a bola nas costas de Thiago Mendes.
Desde então, Bauza ficou com a impressão de ter encontrado uma dupla com a cara de Libertadores. Sem demérito para Rodrigo Caio, titular do time em 12 jogos este ano. É apenas questão de estilo e por serem mais experientes, aspecto de que o time necessita no momento.
Também pesa o comportamento. Lugano e Maicon são considerados atletas de grupo. O segundo disse na segunda que nem se ficar no banco terá qualquer reclamação a fazer.
– Claro que quando não joguei contra o São Bernardo fiquei chateado, mas respeito a decisão do treinador, não vou reclamar nunca. Vou sempre trabalhar – declarou.
Lugano vai na mesma linha e projeta uma final para o São Paulo.
– Não temos outra alternativa senão ganhar o jogo. É a primeira de quatro finais para a gente – disse.
Se o São Paulo busca inspiração, ela pode estar na dupla de zaga.