Com Pablo, São Paulo busca reação ofensiva em clássico contra o Santos

Camisa 9 deve ser o único atacante de ofício no time titular de Fernando Diniz, neste sábado, na Vila Belmiro. Para ele, San-São é o cenário ideal para o Tricolor reagir

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Após duas derrotas consecutivas em casa, o São Paulo enfrenta um desafio difícil neste sábado, contra o Santos, na Vila Belmiro. E além do adversário complicado, o time de Fernando Diniz se depara com um obstáculo incômodo: a ineficiência do ataque. Sem Antony, suspenso e machucado, Pablo deverá ser o único atacante de ofício na equipe titular. Para ele, é a hora da reação.

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Neste momento, o Tricolor registra os piores números ofensivos entre os clubes da Série A nesta temporada. Com 49 gols em 54 jogos oficiais, a equipe tem média de 0,91 gol por jogo, o que lhe dá a última posição no ranking na comparação com os concorrentes da elite. O CSA é o penúltimo, com 0,94 gol por jogo, atrás da Chapecoense, com 1,03 e do Avaí, com 1,07.

A situação não condiz com a gigantesca história do clube e com o potencial do elenco montado para este ano. Em entrevista coletiva concedida na última quarta-feira, Pablo comentou essa situação incômoda e acredita que o clássico contra o Santos, apesar da dificuldade que o adversário trará, seja o momento ideal para reagir em relação a essa ineficiência ofensiva.

- A gente sabe desse histórico. Não é algo normal para uma equipe do tamanho do São Paulo. Não é normal e tem que ter uma mudança. Temos a oportunidade no fim de semana. Sabemos da dificuldade que vamos ter, mas temos que ir convictos de que iremos vencer a partida, fazer um grande jogo. Vai ser muito complicado, mas é uma oportunidade muito boa para reagir.

Pablo é o artilheiro do time na temporada com sete gols, muito pouco para quem chegou com status de grande reforço e como goleador. O problema é que o atacante ex-Athletico-PR teve duas grandes lesões em 2019, que o afastaram das partidas oficiais por um longo tempo. O camisa 9 falou das lesões de companheiros do setor ofensivo e como funciona a cobrança entre os atletas do elenco por conta da falta de bolas na rede.

- Nesse ano perdemos o Pato teve uma lesão, Toró teve uma lesão, eu tive uma lesão, o Everton teve uma lesão... Jogadores fundamentais na parte ofensiva. E, cara, até nós nos cobramos muito. Quando deixa de fazer um gol no treino, tem cobrança. O outro cobra: tem que fazer, tem que fazer. Temos que esquecer os números e vencer de 1 a 0. Se o Volpi fizer o gol está valendo. O momento é de concentrar energia positiva, energia de vitória, estar todo mundo junto. A torcida está cobrando, está no direito dela.

Contra o Santos, o São Paulo não poderá contar com Antony, suspenso pelo terceiro amarelo e com lesão na coxa direita. Assim, Diniz deve adiantar Daniel Alves para o meio-campo e Juanfran ocuparia a lateral direita. Essa formação faz com que Vitor Bueno, meia-atacante, seja o companheiro de ataque de Pablo, que por sua vez será o único atacante de ofício. O camisa 9 disse admirar o futebol mais ofensivo e citou a atitude do Flamengo como referência.

- Gosto de futebol ofensivo, o time que controla a partida. Não só acho mais bonito como acho que você tem mais possibilidades de vencer o jogo. Temos vários exemplos. O Flamengo é muito ofensivo e quando eles tomam o gol eles sabem que vão virar porque vão ter ocasiões de gol. Nossa equipe busca isso também - concluiu o centroavante são-paulino.

São Paulo e Santos se enfrentam neste sábado, às 17h, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Brasileirão-2019. Atualmente na quinta posição, com 52 pontos, o Tricolor quer uma vaga no G4, que lhe garante classificação direta para a fase de grupos da Copa Libertadores. Na quarta posição, com 56 pontos, o Grêmio é o principal concorrente são-paulino nessa disputa.

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