O técnico Cuca admitiu ter testado três formações diferentes para enfrentar o Corinthians, domingo, na grande decisão do Campeonato Paulista. Embora não tenha confirmado o time titular para a final em Itaquera, o comandante do São Paulo deu algumas pistas sobre a equipe que deve começar o duelo.
- A semana para nós foi boa. Ainda vamos trabalhar taticamente. Testei algumas variações. Uma delas foi com o Jucilei no meio, outra foi com o time que jogou domingo e a terceira com jogadores mais experientes. Vamos avaliar bem, medindo prós e contras. Temos visto um Corinthians jogando em casa com pressão e acreditamos que eles vão manter o estilo de jogo - afirmou o técnico do São Paulo em entrevista coletiva no CT da Barra Funda.
A principal dúvida do Tricolor para o segundo e decisivo jogo da final do Paulistão está no volante Liziero. O garoto se recupera de um problema no músculo posterior da coxa esquerda e não treinou nesta sexta. Caso não consiga participar da atividade de sábado, o meio-campista deve ser cortado.
- Ainda tem o treino de amanhã (sábado). Se o jogo fosse hoje, ele não iria jogar. Não sabemos como vai ser. Vamos esperar mais um pouco - pontuou Cuca, admitindo certo receio com a presença de Liziero na final.
Outra grande dúvida que ronda a equipe do Morumbi para a final de domingo está em Hernanes. O meio-campista ainda tenta recuperar sua melhor forma física e não está em condições de jogar os 90 minutos na Arena Corinthians. Contudo, o Profeta deve participar da partida.
- Claro que está apto. Não sei se está apto para terminar (risos). Qual a parte mais importante do jogo? O começo ou o fim? Os dois (risos). Temos que pensar o que é melhor para nós. De repente vai para os pênaltis, não sei. Se a gente ganhar, o que eu fizer estará certo. Se perdemos, o que eu fizer estará errado. É assim - brincou o comandante tricolor.
Por fim, a última dúvida do São Paulo está no ataque. O centroavante Pablo realizou uma cirurgia para a retirada de um cisto na região lombar da coluna e não tem condições de entrar em campo. O uruguaio Gonzalo Carneiro pinta como um dos favoritos para assumir a titularidade na Arena Corinthians.
- Não temos muitas opções. Fizemos a opção contra o Palmeiras de jogar sem um nove e contra o Corinthians jogamos com um nove. Podemos utilizar as duas formas no decorrer do jogo. Você pode começar com uma e terminar com outra. São as alternativas que nós temos - finalizou Cuca.
A final do Paulistão será disputada às 16h do domingo. Como o primeiro jogo, no Morumbi, acabou empatado sem gols, ambas as equipes jogam por uma vitória simples para garantir o título estadual. Em caso de um novo empate, independente da quantidade de gols, a decisão irá para os pênaltis.
Fator extracampo e ameaça de violência
Quanto ao ônibus, não tenho esse temor. Já fui algumas vezes jogar contra o Corinthians lá e nunca aconteceu nada. Nós somos rivais, mas não somos inimigos. Temos família. Não queremos que alguém tome pedrada ou algo do tipo. Isso é o mínimo que tem que ser feito. O torcedor tem que incentivar seu time, mas nada além disso.
Preparação psicológica para a final
É uma equipe. Todos se blindam, se fortalecem. Não pense você que o mais velho tem menos temor que o mais jovem. Isso é normal do ser humano. Isso é o que é legal do futebol. O bom é poder passar por tudo isso. Um jogo importantíssimo, com muita responsabilidade, mas que você precisa ter tranquilidade para executar.
Três jogos sem fazer gol
Olhem os adversários que jogamos: Palmeiras e Corinthians. Você não vai ter supremacia. Você não entra na zaga do Palmeiras 300 vezes no jogo, muito menos na do Corinthians. São jogos difíceis. Temos que ficar atentos nas bolas aéreas nessa final.
Possibilidade de pênaltis e escolha dos batedores
Treino sempre batida de sempre e nossos auxiliares anotam os acertos. Já temos os aproveitamentos e, caso necessário, sabemos quem vai bater. Trabalhamos bem contra o Palmeiras e nessa semana também.
Foco dos treinamentos durante a semana que antecede a decisão
Trabalhamos finalizações e criação de jogadas. Não é chute a gol apenas. Não é que eles não têm vontade de fazer gol é que às vezes as chances não aparecem. Precisamos melhorar o nosso poder de criação. Em uma mudança radical como foi feita não dá para achar que em um mês dá para mudar isso. Estamos colhendo o fruto recém plantado. Tomara que consigamos o título, mas ainda tem muita coisa a ser feita. Jogando junto, eles vão se conhecer melhor. Isso é com o tempo.