Na reta final do Campeonato Brasileiro, Cueva ainda vive a expectativa dos jogos contra a Nova Zelândia, nos dias 11 e 15, que podem levar o Peru para uma Copa do Mundo pela primeira vez desde 1982. Embora assegura carinho e ambições com o São Paulo, o meia admite que não consegue tirar a seleção da cabeça.
- Serei sincero: nunca deixo de pensar na seleção, ela sempre está na minha cabeça. Representa muito defender as cores do meu país, faz 36 anos que não vamos ao Mundial, e gostaria muito de realizar esse sonho. Eu e meus companheiros de seleção formamos uma família, estamos nos comunicando sempre. Mas tento separar. Enquanto estou aqui, fico 100% focado no São Paulo - declarou ao SporTV.
A pedido da diretoria do Tricolor, o jogo contra o Atlético-GO foi antecipado para este sábado, e Cueva poderá atuar em Goiânia antes de se apresentar à seleção. Mais uma mostra de carinho que o meia diz sempre tentar retribuir, apesar de admitir que não rendeu tanto quanto imaginou nesta temporada nem descartar sair do clube, mesmo com contrato até 2021.
- Tenho muita gratidão pelo clube, diretoria e torcedores me dão muito carinho e me fazem gostar muito do São Paulo. Deixo na mão de Deus. Se tiver a oportunidade de sair, posso sair, mas preciso pensar primeiro no São Paulo e, depois, no Peru. O que quero é dar o melhor pelo clube e pelo meu país - disse.
- Não era o ano que eu esperava, lógico. Pensei que faria um ano diferente. Eu e meus companheiros não estivemos no nível alto que pensávamos, e em um campeonato duro como o Brasileiro. Mas terminaremos o ano deixando tudo pelo São Paulo até o final, conseguindo o que estiver ao alcance. Pessoalmente, sinto que posso dar muito mais, e que o ano que vem seja diferente. Se o ano agora acabar bem, podemos lutar por algo além do rebaixamento - completou.
Apesar de repetir o discurso que domina o Tricolor, sobre o foco em somar mais sete pontos nas sete rodadas que faltam para evitar o rebaixamento, Cueva ainda sonha alto. O São Paulo está na faixa da tabela do Campeonato Brasileiro que garante vaga na próxima Copa Sul-Americana e até a classificação para a Libertadores não é descartada pelo peruano.
- Gostaríamos muito de pensar em Sul-Americana e Libertadores, mas somos conscientes de que faltam quatro pontos para estarmos tranquilos. Essa sequência positiva nos ajuda muito a ter a confiança. Estamos saindo da zona de baixo, e temos de sair disso primeiro e, depois, pensar em outra coisa, seja a Sul-Americana ou a Libertadores.