Tão logo a notícia de que o São Paulo buscava a ajuda de um investidor para concretizar a contratação do meia Giuliano Galoppo junto ao Banfield, a torcida automaticamente se lembrou da chegada do lateral-direito Daniel Alves ao clube na gestão anterior, de Carlos Augusto de Barros e Silva. Foi sob a presidência de Leco, inclusive, que o modelo de contratar reforços com ajuda de terceiros não se mostrou produtivo e representa hoje uma dívida de R$ 25 milhões com os antigos parceiros.
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O valor foi totalizado após levantamento feito pela 'ESPN' no balanço financeiro de 2021 do Tricolor. O valor é cerca de R$ 4 milhões menor do que o revelado pelo clube no ano anterior.
Segundo o levantamento, a maioria da dívida do São Paulo são com dois investidores: o agente de jogadores André Cury (R$ 18,8 milhões) e o empresário Vinicius Pinotti (R$ 6,4 mi), que chegou a ser diretor de futebol do Tricolor em 2017.
De acordo com o balanço, Cury emprestou dinheiro ao Tricolor para a contratação do atacante Raniel, hoje no Vasco, em 2019. Na época, o agente cedeu R$ 13,7 milhões ao São Paulo, que parcelou a dívida ao longo dos anos. O caso foi parar na Justiça recentemente, já que André Cury pede R$ 25 milhões do Tricolor, por causa de juros e correção monetária.
No Morumbi, Raniel marcou apenas um gol em 14 jogo disputados. Acabou repassado ao Santos em troca da liberação definitiva do meia Vitor Bueno, atualmente no Athletico.
Já a dívida tricolor com Pinotti é mais antiga, vem de 2015, quando o clube pegou emprestado R$ 14 milhões para contratar o meia Ricardo Centurión, atualmente no Racing, da Argentina. O São Paulo, contudo, conseguiu reduzir o valor para R$ 6,4 milhões, segundo o balanço.
No caso de Daniel Alves, a gestão Leco chegou a declarar que a ajuda de um parceiro ajudaria o Tricolor a bancar os custos do lateral. O tempo passou e o investidor não apareceu. Com isso, o ex-camisa 10 e o clube acertaram um acordo de pagar 60 parcelas de R$ 400 mil em cinco anos, para quitar as pendências.
Há confiança na atual gestão de Julio Casares que os erros não se repetirão. Fontes ouvidas pelo LANCE! apontam que o Tricolor busca atrelar o dinheiro despedido na contratação de Galoppo à sua revenda. Ou seja, não seria uma espécie de empréstimo. Como isso funcionaria? Não é revelado pelo clube, assim como o nome do investidor, ainda mantido em sigilo.
Sabe-se apenas que Casares apresentou o negócio à sua diretoria e parte do Conselho. Todos aprovaram o plano do presidente, que pediu sigilo. E por enquanto o pedido vem sendo atendido.
O L! apurou que por reforços o mandatário tricolor mobilizou o seu departamento de marketing para buscar bônus aos patrocinadores atuais do clube. Com um time mais forte, apareceriam mais, é a lógica. O plano não teve retorno ainda.
Com R$ 700 milhões em dívidas, o Tricolor não tem como bancar contratações de peso nesta janela de abertura. Por enquanto, o clube trouxe apenas o atacante Marcos Guilherme, que estava livre após acertar a saída do Internacional.
Veja as dívidas do São Paulo com investidores nos últimos anos:
Em 2020: R$ 29.569.000,00
André Cury - R$ 16.553.000,00
Carlos Leite - R$ 5.168.000,00
Fábio Mello - R$ 809.000,00
Vinicius Pinotti - R$ 7.039.000,00
Em 2021: R$ 25.182.000,00
André Cury - R$ 18.764.000,00
Vinicius Pinotti - R$ 6.418.000,00
Fonte: Balanço do SPFC
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