Muito mais do que voltar a conquistar um título internacional após dez anos de jejum, o São Paulo espera o sucesso ou fracasso na decisão da Copa Sul-Americana para definir o seu planejamento para a próxima temporada. Isso significa dois pontos: a garantia de uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores e o montante que o Tricolor poderá despender em contratações.
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Na última segunda-feira (12), em entrevista ao 'Canal do Hernan', o vice-presidente de futebol são-paulino, Carlos Belmonte, explicou que o Tricolor vem avaliando opções 'para todas as posições'. Algumas, contudo, são mais prioritárias que outras, conforme o LANCE! apurou. A meta, revelada pelo próprio presidente Julio Casares em evento na última semana, é trazer 'três ou quatro nomes' para 2023. O perfil, traçado junto do técnico Rogério Ceni, é de atletas 'que fazem mais de uma função e são determinados'.
O custo desses reforços é que dependerá do êxito da Sul-Americana. Ao L!, fontes da cúpula tricolor revelam que em reuniões com Ceni, o coordenador Muricy Ramalho e o gerente Rui Costa foi afirmado que com R$ 700 milhões de dívidas a política de contratações de pouco impacto se aprofundará sem a Libertadores em 2023. Por mais que neste ano, também fora da principal competição continental, o clube tenha feito investimentos volumosos nas vindas de Nikão (então destaque do Athletico) e Galoppo (um dos reforços mais caros da história cuja promessa de pagamento foi a de investidores ou cotas de patrocínio pouco explicadas pela gestão Casares).
Nos bastidores, contudo, a reportagem apurou que a sensação é de que a vinda de reforços se torna essencial por dois pontos. Um, a de que pelo lado interno, agradará Ceni e urge como 'um prêmio' ao treinador pelos resultados deste ano. Dois, à torcida em geral, uma resposta pelo processo em andamento de mudança do estatuto que permitirá a Casares disputar a reeleição.
Mas e os nomes? Dois dos sondados pelo Tricolor independem de uma suposta glória alcançada em Córdoba, na Argentina, contra o Independiente del Valle, do Equador, no próximo dia 1º.
O goleiro Marcelo Gohe, desde 2018 no Al-Ittihad, da Arábia Saudita, quer sair do atual clube por atrasos constantes de salário. Seu estafe negocia há pelo menos dois meses com o Tricolor, que busca de vez uma opção confiável para o setor. Mesmo com o crescimento de Felipe Alves, que chegou em cima da hora na última janela de transferências, a avaliação é a de que o arqueiro de 35 anos, que brilhou na conquista da Libertadores de 2017 pelo Grêmio, traria uma mais-valia fundamental ao grupo. Ainda mais vindo de graça após conseguir a liberação na Fifa dos árabes, processo que ainda está em estudo.
A segunda opção foi revelada publicamente por Belmonte: o atacante Pedro Henrique. O jogador de 32 anos tem status de ídolo atual entre os torcedores do Internacional, onde chegou em abril vindo do futebol turco. São quatro gols e duas assistências em 21 partidas pelo Colorado até aqui. Seu contrato vai até dezembro de 2023, mas segundo o L! apurou, os são-paulinos pretendem envolver Igor Gomes em um negócio semelhante ao ocorrido no início do ano quando mandaram Liziero para o Beira-Rio e receberam Patrick.
- A gente acha o Pedro Henrique um jogador bem interessante, mas não fomos atrás pelo fato de que neste momento estamos fazendo avaliações. Vamos seguindo, avaliando e vamos ver, no momento adequado, quais jogadores a gente vai procurar. Ele se enquadra nesse perfil dos jogadores do São Paulo, que fazem mais de uma função e são determinados. Mas, de verdade, senão eu falaria sem nenhum problema, não procuramos o jogador, o empresário e nem o Inter, com quem a gente tem excelente relação - disse Belmonte ao canal de YouTube.
Nomes mais conceituados, como o de Nacho Fernández, ídolo do Atlético-MG e sonho de consumo de Ceni, só serão levados adiante caso o Tricolor chegue à Libertadores. Fontes ouvidas pela reportagem avaliam que a pressão em cima de Casares para trazer atletas de impacto é grande. Mas por enquanto - e só por hora quando se trata de São Paulo -, o plano segue mantido: o de usar o montante arrecadado com a venda de jogadores (só Antony no Manchester United, da Inglaterra, rendeu cerca de R$ 100 milhões aos cofres do Morumbi) para quitar as pendências com o elenco atual.
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