Depois de 37 anos, São Paulo volta a escalar quatro goleiros em uma mesma temporada

Estreia de Felipe Alves segue o rito que complicou as coisas para as metas do Tricolor <br>após saída de Waldir Peres durante os anos 1980

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Contratado na última sexta-feira, às vésperas do fechamento das inscrições para a Copa Sul-Americana, Felipe Alves estreou com a camisa 1 do São Paulo no domingo, na derrota por 1 a 0 para o Athletico, em Curitiba. Além da atuação contestada (fez um pênalti que defendeu depois), o arqueiro quebrou uma marca: desde 1985 o Tricolor não escalava quatro goleiros em partidas oficiais.


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Assim como naquele ano, um problema assolava o São Paulo: a dificuldade em arrumar um substituto para Waldir Peres, negociado no segundo semestre de 1984 com o América-RJ para a disputa do Campeonato Carioca.

Peres chegou ao Tricolor em 1973 vindo da Ponte Preta. E ocupou o posto de arqueiro titular do clube por nada menos que 11 anos, acumulando 617 jogos. No Brasileirão de 1984, contudo, teve problemas para renovar contrato com a diretoria da ocasião e acabou saindo por brigas internas.

Começou uma saga do clube para encontrar um substituto. O ápice foi no ano seguinte quando Abelha, contratado junto ao Flamengo e até então titular absoluto, começou a falhar no Brasileirão e foi afastado.

Acabou substituído por Barbirotto, que também não foi bem, levando a diretoria a contratar Tonho. Como este também não se firmou, uma nova aposta foi feita, desta vez com mais currículo: Gilmar, que virou ídolo, foi o pilar do título paulista de 1985 (dos Menudos do Morumbi) e ficou até 1990, ganhando também os estaduais de 1987 e 1989 e o Brasileiro de 1986, onde foi protagonista na disputa de pênaltis na final contra o Guarani.

Quando Gilmar foi para o Flamengo, a aposta em Zetti se mostrou certeira, e o ex-palmeirense assumiu as metas por seis anos, sendo sucedido pelo mitológico Rogério Ceni.

O problema é que desde a aposentadoria do agora treinador, em 2015, os problemas na meta tricolor continuam. Felipe Alves sucede Thiago Volpi (já negociado), Jandrei (machucado) e Thiago Couto (garoto da base que não foi aprovado).

A atuação de domingo levanta desconfianças sobre o novo camisa 1 são-paulino. Mas entre os 148 goleiros que disputaram partidas no Brasileirão desde 2019, Felipe Alves é o goleiro que mais enfrentou pênaltis (20) e quem mais defendeu cobranças (7), tendo, portanto, uma taxa de 35% de êxito em defesas nas penalidades. E com cinco faltas marcadas dentro da área nos últimos seis jogos, o índice pode ajudar o Tricolor. Assim a torcida espera.

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