As derrotas em sequência para Fluminense e Athletico-PR, que deixaram o São Paulo a quatro pontos do G4, não fizeram a diretoria se movimentar para trocar de treinador. Pelo menos por enquanto. A ideia dos dirigentes é respaldar Fernando Diniz para que ele possa fazer a equipe reagir nesta reta final de 2019 e começar 2020, o que obviamente dependerá da evolução do desempenho e dos resultados.
A cobrança neste momento é em cima dos jogadores. Raí, diretor de futebol do Tricolor e principal responsável pelo planejamento, teve uma reunião com o grupo nessa terça-feira para expor o que precisa melhorar ainda em 2019 e mostrar que acredita no trabalho da comissão - que chegou após sugestão dos próprios atletas.
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O histórico recente do clube deixa a diretoria receosa quanto a mais uma troca de comando. É consenso internamente que a decisão de demitir Diego Aguirre a cinco rodadas do fim do Brasileirão de 2018 foi equivocada e teve impacto grande no fracasso da atual temporada. Escolhido para substituir o uruguaio, André Jardine não conseguiu classificar o time para a fase de grupos da Libertadores e caiu depois de 15 jogos. Cuca assumiu em abril, após um período de Vagner Mancini como interino, e também teve o trabalho interrompido rapidamente, em setembro, mas por decisão própria.
O São Paulo já não queria ter feito essa última troca no comando. Embora alguns fatores no trabalho de Cuca já não estivessem agradando, a diretoria considerava que mais uma mudança com o barco andando poderia ser prejudicial e pegaria muito mal. Agora com Diniz, com o ano tão perto do fim, o receio é ainda maior.
A escassez de nomes incontestáveis no mercado também motiva os dirigentes a apostarem nele para 2020. Juan Carlos Osorio, que foi procurado após a saída de Jardine e é bem avaliado internamente, está empregado no Atlético Nacional (COL). Jorge Sampaoli, cujo futuro no Santos está indefinido e que também tem admiradores no Morumbi, é considerado caro. O argentino tem contrato até dezembro de 2020 e, segundo consta, uma multa rescisória de aproximadamente R$ 10 milhões. Ele chegou a pedir à diretoria que excluísse essa cláusula, mas as partes não têm mais falado sobre o assunto publicamente. Tirando esses dois, não há um nome de consenso viável.
Se for para fazer uma troca por outro profissional considerado uma aposta, o São Paulo entende que é melhor manter Diniz, que tem boa relação com os jogadores e ideias que entusiasmam Raí e seus pares. Desde que, é claro, ele consiga fazer a equipe render, algo que não tem acontecido.