A diretoria do São Paulo ainda traça o planejamento para 2016, mas tem em mente uma das necessidades: a contratação de um meia para dividir a responsabilidade com Ganso e ao mesmo tempo fazer sombra ao camisa 10.
Desde a troca de Jadson por Pato com o Corinthians, em fevereiro do ano passado, o São Paulo não possui outro jogador com característica de armador além de Paulo Henrique. Teve Kaká por seis meses, mas o ídolo já fazia função diferente. Sua presença, no entanto, melhorou o rendimento do camisa 10. Esse é outro fator que faz a diretoria pensar em um jogador com tal perfil, mas as dificuldades são enormes.
Primeiro porque, na visão de dirigentes e comissão técnica, essa é uma posição em falta no Brasil. Há nomes fora que são sempre lembrados no Tricolor, mas inviáveis. As opções que são raras, costumam ser caras. E dinheiro é o que o São Paulo menos tem no momento.
A dívida do clube ultrapassa a casa dos R$ 270 milhões e reduzi-la é uma das prioridades da nova gestão. Nos próximos dias, o CEO Alexandre Bourgeois deve ter uma reunião com o departamento de futebol para traçar o orçamento a ser gasto com contratações. Deve ser muito reduzido e as trocas por jogadores que voltam de empréstimo e/ou não serão utilizados surge como opção.
Ganso tem contrato até outubro de 2017 e é peça-chave na montagem do time para o ano que vem. Este ano, ele interessou ao Orlando City (EUA), mas as negociações fracassaram. Agora, deve permanecer.
'Não posso fechar as portas para nenhum clube. Nem aqui nem em qualquer lugar do mundo'
– Eu continuo no ano que vem e até 2017, quando acaba meu contrato – assegurou o camisa 10, em entrevista coletiva na tarde de ontem.
Foi com o mesmo diagnóstico feito pela diretoria agora que o técnico Juan Carlos Osorio indicou a contratação do ex-palmeirense Valdivia, em agosto. O colombiano ficou encantado com o Mago na Copa América e acreditava que podia fazer ele render o mesmo ao lado de Ganso no São Paulo. Os dirigentes conversaram com chileno, mas as negociações não avançaram e ele foi para o Al Wahda, dos Emirados Árabes.
O planejamento ainda passa pela situação do técnico Doriva, que não tem permanência assegurada, embora tenha contrato até dezembro de 2016. É certo que deve chegar um zagueiro (leia sobre Lugano na próxima página) e atacantes, já que Pato e Luis Fabiano não devem ficar. O perfil de liderança é considerado importante, já que Rogério Ceni vai se aposentar.