Depois de uma série de manifestações públicas da Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, a diretoria do Tricolor atendeu uma das reivindicações feitas pela facção e abriu as portas do CT da Barra Funda para uma reunião com um grupo de diretores e lideranças da agremiação, na manhã desta segunda-feira (3).
Desde a eliminação nas quartas de final do Campeonato Paulista para o Água Santa, a Independente divulgou quatro manifestos sobre a situação do clube e a crise gerada. Em um deles, deu 30 dias para um posicionamento da cúpula do clube sobre questões expostas por eles. Ou seja, o prazo foi cumprido.
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O último deles veio no dia 17 de março, após a desavença entre o técnico Rogério Ceni e o meia-atacante Marcos Paulo. No texto, a organizada já antecipava que não realizaria protestos e que buscava um diálogo para expor suas ideias e entender o que acontecia internamente.
- A razão é simples, do apoio de decisão, em qualquer circunstância: a salvação do São Paulo FC, de mais um Brasileiro longo e traiçoeiro. Ou alguém acha que torcida contra time, resolveria algo? Aí sim seria rebaixamento na certa - diz o texto, publicado nas redes sociais.
Segundo o LANCE! apurou, o encontro foi em tom pacífico, mas de certa cobrança. O próprio Ceni foi o principal porta-voz são-paulino ao lado de Carlos Belmonte, diretor de futebol. Alguns atletas também estiveram presentes. O encontro teve o aval do elenco e de outros integrantes da comissão técnica.
Fontes da Independente ouvidas pelo L! apontaram que o objetivo foi de passar apoio ao grupo às vésperas da estreia na Copa Sul-Americana, às 21h da próxima quinta-feira (6), contra o Tigre, na Argentina. Mesmo assim, cobraram maior empenho do grupo em partidas decisivas. A facção promete divulgar uma carta com o seu posicionamento sobre o assunto até o final do dia.
Desde a eliminação no Estadual, a principal organizada são-paulina viu cumprida pelo menos uma exigência feita publicamente em seus manifestos: a renovação do Reffis.
A Independente também atacou pela primeira vez duas figuras tidas como ídolos e que eram poupados até então: o volante Luan e Ceni.
Sobre o camisa 8, cobrou sua renovação de contrato. A agremiação foi 'direta e reta' ao assunto: 'ou renova ou encosta'. O argumento, segundo o comunicado divulgado, seria para evitar que 'mais uma vez o São Paulo forme um atleta e comecem a ser formadas historinhas', ressaltando que 'ingratidão é mato na base'. De acordo com a organizada, nem se o Tricolor perder dinheiro, é preciso resolver esta situação.
- Um último aviso pro Luan: renova ou encosta. Nem que perca dinheiro, parça. Chega de mano sair da comunidade, o São Paulo dar tudo na formação de atletas e aí começam historinhas. Ingratidão é mato na base. Não aliviaremos mais para ninguém - destacou a Independente.
Sobre Ceni, de acordo com um comunicado divulgado, mesmo que seja ídolo como goleiro, como treinador 'nunca teve história nenhuma' no Tricolor. Este não é o primeiro comunicado do gênero emitido nas últimas semanas, mesmo que desta vez tenha sido mais 'incisivo'. A agremiação destacou que 'ídolo ou não, ninguém é maior que o clube'.
Ainda sobre o assunto Ceni, a organizada criticou o auxiliar-técnico do treinador. No caso, o francês Charles Hembert, alegando que 'nem para crepe serve'.
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