O técnico Doriva tentou explicar, após a derrota de 3 a 1 para o Santos, nesta quarta-feira, o porquê de ter mandado a campo uma formação diferente que acabou não tendo o efeito desejado. Com dois meias e três atacantes, o São Paulo sofreu os três gols ainda no primeiro tempo e com novo revés está eliminado da Copa do Brasil.
- Logicamente que resultado do primeiro jogo influenciou diretamente nessa decisão. Estamos no São Paulo, temos equipe qualificada, a ideia era jogar ofensivamente para fazer os gols. Infelizmente não funcionou, tomamos os gols e depois reequilibrei o time com a entrada do Wesley - disse Doriva, que tirou Luis Fabiano aos 35 minutos do primeiro tempo.
Doriva justificou a escolha mesmo admitindo que teve pouco treinou para treiná-la. O time jogou no domingo, na segunda-feira os titulares fizeram trabalho regenerativo e só na terça o técnico utilizou o esquema escolhido.
- Não tinha o tempo hábil para treinar, temos de tentar dentro das possibilidades que a gente tem. A gente tinha a possibilidade de entrar com Wesley desde o início, treinamos assim, mas por ter de fazer os gols, e ter criado várias situações na bola aérea no primeiro jogo, entendi que poderíamos chegar ao gol dessa maneira. Mas não deu, pelo contrário, fomos surpreendidos pelos gols que tomamos aí ficou difícil de reverter - analisou o comandante.
O técnico também se disse tranquilo para seguir no cargo, mesmo com a saída de quem o contratou, o gerente-executivo José Eduardo Chimello.
- Éramos companheiros de trabalho, trabalhamos juntos no Ituano, ele saiu, acredito que vou continuar trabalhando, fazendo meu trabalho independentemente do Chimello estar ou não - afirmou Doriva.
- Estou tranquilo, tenho confiança no meu trabalho e vou continuar fazendo meu trabalho, até que a diretoria entenda que tenho de continuar. Eu me sinto qualificado para isso, o resultado não é o esperado, mas meu trabalho não é avaliado só pelo resultado - concluiu Doriva, que em cinco jogos obteve três derrotas, um empate e uma vitória.